Imagina que orgulho para os pais! Duas irmãs, de 17 e 18 anos, foram aprovadas juntas – em 1º e 2º lugar – para o curso de Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Naturais de Apodi, no oeste potiguar, Maria Clara, 17, e Maria Eduarda, 18, conseguiram as primeiras vagas destinadas aos alunos que estudaram o ensino médio na rede pública.
O resultado foi divulgado na última terça (22) via Sisu, o Sistema de Seleção Unificado, utilizado pelos estudantes para ingressar no ensino superior. A diferença entre as irmãs foi de apenas 0,54 pontos – Clara teve pontuação de 795.92 e Eduarda, 795.38.
Como era de esperar, a família teve um dia de muita comemoração e emoção. “É uma alegria imensa, uma felicidade. A gente não sabe nem dimensionar. É alegria, é vontade de chorar, é tudo. É uma mistura de sentimentos. E gratidão”, comemorou o pai, Girleno Belarmino Moreira.
A dupla aprovação se tornou uma realidade graças a união das irmãs, que estudaram juntas até a data das provas, aumentando as chances de aprovação.
“Como a gente queria a mesma coisa, tínhamos o mesmo objetivo, a gente se ajudou muito nessa reta final. Fazíamos revisão juntas, assistíamos aulas juntas, corrigíamos erros uma da outra”, explicou Maria Eduarda.
O ciclo de estudos foi acompanhado de perto por Girleno, que é professor de português. Não à toa, as duas acertaram 43 das 45 questões da prova de Linguagem (95,5% de aproveitamento).
Com a rotina puxada e dedicada ao ensino, as irmãs precisaram abdicar de momentos com os amigos em favor do Enem.
“Infelizmente temos que ter noção de que precisamos que abdicar de algumas coisas num ano de aprovação. Abdicar de alguns momentos para no futuro poder viver o melhor junto daquelas pessoas que te apoiaram no caminho”, explicou Maria Eduarda.
Apesar da pandemia ter impossibilitado as aulas presenciais e o contato com os professores, elas enxergaram nisso uma oportunidade para se dedicar aos cursinhos virtuais e aos estudos em casa.
Para as provas do Enem, Maria Eduarda e Maria Clara reforçam a necessidade de ter “tranquilidade” e não se pressionar pensando na aprovação.
“Se eu não passasse esse ano, eu poderia ter outras oportunidades, então eu nunca tive essa pressão familiar. Eu me sentia muito tranquila”, concluiu.
Fonte: Blog do BG
Fotos: Arquivo pessoal
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