Muitas pessoas precisam precisam fazer o possível – e o impossível – para arcar com as despesas de estudar em uma universidade particular. Ainda que alguns consigam bolsa, o custo para se deslocar e participar ativamente das aulas é bastante elevado.
Era o caso da estudante Bevalyne Kwanboka. Para conseguir dinheiro e pagar sua faculdade, ela começou a trabalhar vendendo batatinha frita nas ruas do Quênia.
Infelizmente, já nas primeiras semanas como autônoma, a jovem foi humilhada nas redes sociais por vender seus produtos vestindo roupas “extravagantes” em uma banquinha. 🙄
Determinada, Bevalyne jamais deu ouvidos aos comentários maldosos e deu a volta por cima ao mostrar o resultado final do seu esforço.
Hoje, formada no magistério e com um salário muito superior à média, ela disse à emissora TV47 que ter conquistado o diploma foi um privilégio que a permite dar aulas às crianças, sua grande vocação.
Bevalyne desde pequena sonhava em fazer faculdade para se profissionalizar. Infelizmente, seus pais vieram de uma família muito pobre e não tinham meios para ajudar sua filha a alcançar seu objetivo na vida.
A jovem decidiu que não importava o que ela tivesse que fazer, conseguiria o certificado de conclusão do ensino superior.
Desde o início, a ideia de se tornar professora vinha da necessidade de Bevalyne prover melhores condições de vida aos pais, que viviam em situação de vulnerabilidade.
Com o coração preenchido por esse desejo, a jovem conseguiu ingressar em uma universidade particular e pagava as mensalidades vendendo batatinhas fritas na rua.
Ao longo do curso, Bevalyne foi alvo de inúmeras chacotas e comentários maldosos na rua e até em sua faculdade, que debochavam da simplicidade dos seus produtos e da sua vestimenta, considerada “fina demais” para os “padrões de uma autônoma”. Vê se pode?!
Ela não tinha escolha pois, do trabalho, ia direto para a universidade.
“Aqueles que questionam meu vestido no meu negócio, eu deixo claro, venho para a universidade de manhã e assisto às aulas e depois venho vender batatinhas. Você quer que eu use um avental para a aula?”, argumentou.
Ainda assim, para Bevalyne, tudo valeu a pena ao final, apesar de todos os momentos desagradáveis que vivenciou.
Graças ao seu esforço, a agora professora obteve o diploma de Pedagogia, dá aulas em uma escola pública do Quênia e mantém vivo o sonho de melhorar a vida dos pais, a começar comprando uma casa nova para eles. Com tamanha determinação, isso é apenas uma questão de tempo!
Fonte: Excelsior
Fotos: Reprodução / Twitter: @mutua_wa_kiilu
EDUCAÇÃO – Razões para Acreditar