SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma nova pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) identificou que os diagnósticos de Covid-19 seguem em alta no país: o índice de exames positivos saltou de 33,42%, entre os dias 3 e 9 de janeiro, para 41,8%, entre os dias 10 e 16 deste mês.
O número de testes com resultado positivo nos 15 primeiros dias de janeiro já representa quase o triplo de todos os diagnósticos registrados em dezembro de 2021.
Das 558.647 pessoas que realizaram testes em farmácias na semana passada, 233.537 estavam infectadas com o vírus -contra 162.394 entre os dias 3 e 9 de janeiro.
De acordo com o levantamento feito pela Abrafarma por meio a plataforma Clinicarx, todos os estados registraram índices de resultado positivo acima de 30%. E dez deles tiveram mais da metade dos pacientes testados infectados, como Roraima (70%), que lidera o ranking, Acre (66%), Ceará (63%) e Mato Grosso (61%).
“Diante da explosão da demanda, atípica para um início de ano, a Abrafarma recomenda que apenas pacientes com sintomas da Covid-19 procurem uma farmácia para a realização do teste rápido, mediante agendamento”, afirma a entidade em nota.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, a escalada de novos casos da Covid-19 neste início de ano ampliou a pressão sobre os hospitais e fez com que quatro estados atingissem o patamar de 80% ou mais na ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O cenário é parecido ao registrado em julho de 2021, quando a segunda onda de Covid-19 começava a refluir no país.
Ceará e Goiás são os estados com maior pressão no sistema de saúde pública e registraram uma ocupação de 87% dos leitos para pacientes graves. Na sequência, aparecem Pernambuco com 86% e Espírito Santo com 80%.
Em Pernambuco, o governo tem anunciado a abertura de novos leitos para pacientes com síndrome respiratória aguda grave para atenuar o novo pico de influenza e de Covid-19. Com 952 leitos, o estado registrava uma fila de espera de sete pacientes nesta segunda (17).
A nova alta levou o governo do estado a implantar medidas restritivas para o setor de eventos, limitando a capacidade a 3.000 pessoas, e a determinar a exigência do passaporte vacinal para a entrada em bares, restaurantes, cinemas, teatros e museus, até 31 de janeiro.
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