“Fazer ciência é minha paixão”: estudante do Ceará detecta 46 asteroides e ganha certificado da NASA

Pés no chão, cabeça nas estrelas! A estudante Geovana Sousa, 21 anos, detectou nada menos do que 46 novos asteroides enquanto participava de um projeto ligado à Agência Espacial Norte-Americana, a NASA.

Geovana está no 1º período do curso de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e, por sua contribuição à astrofísica, recebeu uma certificação de reconhecimento da agência internacional.

Em entrevista ao portal G1, ela disse que é apaixonada por astronomia desde criança, época em que tirava um tempo todas as noites para observar os corpos celestes no céu.

“Eu lembro que ainda pequena já dizia que queria ser astronauta, ficava encantada vendo os planetas, mas só no 2º ano do ensino médio foi quando realmente decidi que ia seguir essa carreira. Hoje a astronomia é minha paixão de vida, o motivo de eu acordar todos os dias, que é fazer ciência”, disse a jovem, nascida em Manaus (AM).

Ela se mudou para o Ceará por enxergar no IFCE uma gama de oportunidades para se tornar uma pesquisadora do cosmos. “A oportunidade aqui para minha área é sensacional. A ciência e a astronomia aqui são muito valorizadas. Então usei a nota do Sisu para conseguir estudar aqui, está sendo uma experiência maravilhosa para mim”, explicou.

Caça Asteroides

Geovana participou do projeto “Caça Asteroides”, que tem por objetivo alcançar cientistas cidadãos em escolas, instituições, clubes de ciências e astrônomos amadores.

Com o auxílio do aplicativo Astrometrica, foram disponibilizados mais de 17 mil pacotes de imagens para análise dos participantes.

A ideia era detectar asteroides que nunca foram catalogados ou objetos próximos a Terra (conhecidos como NEOs).

“São fornecidos pacotes de imagens captadas pelo Telescópio da Universidade do Hawaii de 1.8 metros, que são capturadas no mesmo ângulo e em dias diferentes para que possamos analisar as fotos, detectar o possível novo asteroide e enviar relatórios para a NASA avaliar essas detecções”, explicou.

A estudante e futura cientista já sabe até com quais nomes vai batizar os asteroides recém descobertos por ela: alguns serão em homenagem à familiares.

“Quando ocorre essas novas detecções de asteroides que vão para a preliminar ainda ocorre um longo período de avaliação, que dura de 6 a 8 anos para realmente haver a confirmação do novo asteroide. Poderei nomear os asteroides como desejar. Por enquanto tive a liberdade nos códigos e já fiz homenagem para familiares, amigos e instituições nas quais tenho apreço”, destacou Geovana.

“Divulgar ciência”

Em reconhecimento ao seu trabalho de detecção, Geovana recebeu um certificado homologado pela NASA e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Em breve, ela vai receber o ministro e astronauta Marcos Pontes, que irá ao Ceará lhe entregar pessoalmente uma medalha de honra ao mérito junto ao certificado especial.

“Vou continuar divulgando e propagando a ciência pelo nosso país, com foco em todas as idades, principalmente com as crianças. Meus objetivos maiores são trabalhar em agências espaciais fora no nosso país, como a NASA, por exemplo. Ser a primeira a ganhar o Nobel e trazê-lo ao Brasil é a grande meta, alcançada por esses pequenos passos”, concluiu a estudante.

Alagoana de 8 anos mapeia 23 asteroides e se torna astrônoma mais jovem do mundo

Nicole Oliveira, a “Nicolinha”, pode ter apenas 8 anos, mas já mapeou 23 asteroides espalhados pelo Sistema Solar, o que a torna a astrônoma amadora mais jovem do mundo!

O sonho da alagoana é se tornar, “quando crescer”, uma engenheira aeroespacial capaz de construir foguetes. E a julgar por seus resultados na descoberta de corpos rochosos fora da Terra, sua carreira já está em formação e é apenas questão de tempo. Leia a história completa clicando aqui.

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Fonte: Gazeta Web
Fotos: Arquivo pessoal

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