Fantasiado de Kiko, vendedor conquista clientela e arrecada dinheiro para pagar universidade

Muitos estudantes precisam trabalhar e fazer um esforço gigantesco para pagar seus estudos, sempre em busca do sonho do diploma.

Trabalhar e estudar ao mesmo tempo geram uma pressão por si só, especialmente para aqueles que não possuem renda fixa e são autônomos.

Esse era o caso do estudante Luis Alberto Quiñónez, 25 anos, que virou notícia em Quiindy, no Paraguai, por ter conquistado 3 diplomas em universidades particulares cujas mensalidades eram pagas por meio da venda e conserto de bolas em uma banquinha montada no meio da estrada.

Em entrevista ao portal “Ultima Hora”, Luis explicou que trabalha no ramo de venda de bolas desde que tinha 13 anos. Na adolescência, decidiu que lutaria pelo diploma no ensino superior. “Comecei a estudar muito e, sem perceber, fui me preparando para o futuro. Então terminei a escola e tudo mudou para melhor”, disse ele.

O rapaz sempre sonhou alto: queria ser professor, cientista político e advogado. E ele conseguiu! Para pagar as mensalidades nas instituições privadas em que se matriculou, Luis abriu uma banquinha própria, onde logo se tornou conhecido em toda a região.

Querendo atrair mais clientes, ele começou a se fantasiar como um dos personagens mais queridos da televisão latino-americana: o Kiko, do seriado “Chaves”.

Após anos de trabalho e muito sacrifício, conseguindo conciliar o trabalho com os estudos, Luis conseguiu concluir a carreira docente e se tornou professor em uma escola pública. Logo vieram outros dois diplomas: em Ciência Política e Direito.

Ao jornal paraguaio “Extra”, Luis explicou que chamar a atenção das pessoas por meio de sua fantasia foi vital para conseguir mais clientes e, assim, obter mais vendas. “Devo tudo a esse processo e graças a ele agora sou um profissional formado”, completou.

Luis vestido de Kiko.

Questionado sobre o que espera para o futuro, Luis disse que sua visão não se limita apenas à sua educação: ele também espera ajudar e ser relevante em sua comunidade a partir de tudo que aprendeu quando estudante universitário.

Ah, e a banquinha do rapaz não fechou: pelo contrário, está em franca expansão. Em breve, ele irá contratar dois jovens, que vão auxiliá-lo nas vendas do dia a dia.

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Fonte: Ultima Hora / Extra
Fotos: Crônica / Rodrigo Valdez

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