Em todo o Brasil, mais de 150 pontos estão aptos para fazer a coleta de material genético de parentes que estão em busca de pessoas desaparecidas. Desde maio, com o lançamento da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, 18 famílias já conseguiram informações de entes sobre os quais não tinham notícias.
O resultado foi possível a partir de informações do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) e dos bancos de cada estado, após os familiares participarem da campanha de coleta, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Por meio da campanha, mais de 2 mil famílias de desaparecidos forneceram material genético.
“O intuito da ação é amenizar o sofrimento de famílias que ainda vivem o luto de ter um ente desaparecido ou não identificado. Esperamos que a população continue doando seu DNA para que mais confirmações sejam realizadas”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em nota.
Após a coleta, o DNA é enviado para o laboratório de genética forense da instituição de perícia oficial dos estados, onde é analisado. O perfil genético obtido é enviado ao Banco Nacional de Perfis Genéticos. No BNPG, o perfil coletado é comparado com os perfis de pessoas de identidade desconhecida, de pessoas que buscam por seus familiares e de restos mortais não identificados.
O perfil genético da família só é retirado do banco após a identificação. Isso permite que novas buscas possam ser feitas à medida que os cadáveres e as pessoas de identidade desconhecida sejam cadastrados. Se a pessoa que desapareceu for encontrada, a família será avisada pela Delegacia ou pelo Instituto Médico-Legal (IML).
Atualmente, o Banco Nacional de Perfis Genéticos tem 4.169 restos mortais não identificados e material genético de 3.152 parentes de pessoas desaparecidas.
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