Imagina entrar na loja para comprar uma roupa e não conseguir distinguir as cores? Esta é apenas uma das dificuldades diárias da pessoa com daltonismo, distúrbio genético ligado ao cromossomo X, que também pode ser provocado por danos físicos ou químicos e pela senilidade. A doença é mais frequente na população masculina, e se caracteriza por anomalias nos cones, células especiais da retina, responsáveis por absorver as cores.
Há três tipos de daltonismo. O mais raro é o acromático, quando a pessoa enxerga apenas preto, branco e cinza. No dicromático, entre as cores vermelho, verde e azul, identifica duas delas, em qualquer combinação. O mais comum é o tricromático, com leve dificuldade para distinguir as cores, sendo que as mais afetadas são vermelho, verde e azul, com suas diferentes tonalidades.
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Segundo o Dr. Danilo Andriatti Paulo, especialista em glaucoma e neuro-oftalmologia do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista, 99% dos daltônicos tricromáticos apresentam baixa percepção entre vermelho e verde, e os outros, entre azul e amarelo. “A ausência de percepção de todas as cores é rara, e também existe o daltonismo em um olho só.”
Teste de Ishihara
Desenvolvido em 1917, o Teste de Ishihara é um dos mais utilizados para o diagnóstico da doença. São apresentados ao paciente diversos cartões pontilhados com várias cores, de tonalidades diferentes, e um número no centro. “Se não reconhecer o número, feito com o contraste de vermelho e verde, por exemplo, ele é daltônico para estas cores”, explica o especialista.
Embora sem cura definitiva, o daltonismo pode ser tratado, e suas consequências, minimizadas. “Existem óculos com filtros especiais que ajudam a destacar a cor que falta ao daltônico, ajudando-o a enxergar normalmente”, afirma do Dr. Andriatti Paulo, reforçando que o diagnóstico deve ser feito por um especialista.
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