Pelo menos sete civis, incluindo três crianças, morreram num ataque, em Idleb, o último grande bastião rebelde no noroeste da Síria, informou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (SOHR). Outras quatro mulheres foram mortas na noite de sábado na aldeia de Ehsim, a sul de Idleb, de acordo com um novo balanço da organização não-governamental (ONG), que tem uma vasta rede de fontes no país, devastado pela guerra.
Um fotógrafo da AFP em Ehsim viu socorristas trabalhando, depois da meia-noite, auxiliados por holofotes, para recuperar o corpo de uma mulher debaixo dos escombros de um imóvel.
Um sobrevivente da família disse à AFP que as visitas se encontravam reunidos na casa para felicitar um membro da família pelo seu casamento.
O ataque com bomba aconteceu poucas horas depois de o Presidente, Bashar al-Assad, ter prestado juramento para um quarto mandato e se ter comprometido “a libertar” áreas ainda fora do controle do Governo.
Na manhã de sábado, ‘rockets’ disparados por forças pró-governamentais já tinham matado seis pessoas, incluindo três crianças e um médico, em Sarja, uma aldeia no sul da província de Idleb.
O grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o ex-apoio sírio da al-Qaeda, e os seus aliados controlam cerca de metade da província de Idleb, bem como partes das províncias vizinhas de Hama, Latakia e Aleppo.
Cerca de três milhões de pessoas vivem na região, dois terços das quais foram deslocadas de outros locais onde o regime recuperou o domínio.
Desde a sua eclosão, em 2011, o conflito sírio matou quase meio milhão de pessoas, de acordo com a OSDH, e originou a deslocação de milhões de sírios.
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