O Irã classificou hoje como “absurda e infundada” a decisão da Justiça dos EUA de acusar quatro agentes dos serviços de informações iranianos por planejarem o sequestro de uma ativista norte-americana de origem iraniana.
“Esta nova afirmação dos Estados Unidos, cuja inimizade com o Irã não é segredo, é infundada e absurda”, disse o porta-voz da diplomacia do Irã, Said Khatibzadeh.
“Não é a primeira vez que os Estados Unidos recorrem aos cenários de Hollywood”, acrescentou o porta-voz.
“É claro que essas histórias devem vir da América, cuja curta história está repleta de assassinatos, sequestros e sabotagem. Mas desta vez as autoridades americanas insultaram a inteligência do mundo, com essa história ingênua”, clarificou Khatibzadeh.
De acordo com um comunicado do Departamento de Justiça dos EUA, os quatro agentes iranianos tentaram, desde junho de 2020, sequestrar “um autor e jornalista que denunciou as violações dos direitos humanos cometidas pelo Governo iraniano”.
Segundo o Departamento de Justiça, os agentes planearam “levar a sua vítima à força para o Irã, cujo destino teria sido, na melhor das hipóteses, incerto”, disse a procuradora Audrey Strauss.
Embora o seu nome não apareça citado no comunicado, a ativista feminista Masih Alinejad disse que era ela o alvo deste projeto de sequestro.
Alinejad foi jornalista no Irã e tem sido uma voz crítica das políticas de Teerã, a partir dos EUA, onde agora reside.
Segundo a Justiça norte-americana, a rede foi descoberta pelo FBI e também visou outras pessoas – residentes no Canadá, no Reino Unido e nos Emirados Árabes Unidos – contra as quais os agentes iranianos tentaram implantar os mesmos meios de vigilância.
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