SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As buscas por sobreviventes do prédio que desabou na Flórida, na semana passada, foram suspensas nesta quinta (1º), por risco de acidente nos escombros. Até agora, há 18 mortes confirmadas, incluindo duas crianças, de quatro e dez anos. Outras 145 pessoas seguem desaparecidas e podem estar soterradas.
As equipes de resgate foram orientadas a parar as buscas na madrugada desta quinta, depois que movimentações nos escombros geraram o temor de que a parte do prédio que ainda está de pé também pudesse desabar. As operações serão retomadas assim que houver segurança para isso.
Nesta quinta, o presidente Joe Biden foi até Miami, prestar condolências aos parentes das vítimas e se reunir com autoridades locais. Ele deve fazer um discurso de tarde. A Casa Branca determinou o envio de recursos e agentes federais para ajudar nas buscas.
A tragédia ocorreu em Surfside, cidade próxima à Miami Beach. O edifício Champlain Towers South, de 12 andares, desabou na madrugada de 24 de junho. O prédio, erguido há 40 anos, tinha 136 apartamentos, dos quais 55 colapsaram. As causas estão sob investigação. Em 2018, um laudo feito por uma empresa de engenharia apontou várias falhas estruturais na construção.
As autoridades disseram que seguem com o objetivo de encontrar sobreviventes, mas as chances diminuem com o passar dos dias. Ninguém foi retirado com vida dos escombros desde o dia do acidente.
Até agora, mais de 1.400 toneladas de concreto foram removidas. As equipes chegaram até um estacionamento subterrâneo, onde esperava-se que algumas pessoas pudessem ter ficado presas dentro de carros, mas ninguém foi encontrado.
Uma criança brasileira de cinco anos e seu pai, o italiano Alfredo Leone, estão entre os desaparecidos, assim como outros cerca de 30 latinoamericanos, vindos de Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela. O brasileiro Erick de Moura, 40, morava no prédio, mas escapou porque acabou dormindo na casa da namorada na noite do acidente.
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