O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou que as incertezas seguem elevadas no mercado internacional e que os dados mais recentes sobre o comportamento dos preços têm surpreendido. Estas considerações foram apresentadas nesta terça-feira na ata da reunião do colegiado do Banco Central, que decidiu elevar a taxa básica de juros pela terceira vez consecutiva, para 4,25% ao ano.
“O Comitê avaliou que os estímulos fiscais e monetários estão promovendo crescimento econômico robusto e que as últimas divulgações de inflação surpreenderam em vários países, tanto desenvolvidos quanto emergentes”, pontuaram os membros do Copom.
Para eles, novas discussões sobre o risco de um aumento duradouro da inflação nos Estados Unidos podem tornar o ambiente para as economias emergentes “desafiador”. O Copom notou, no entanto, que a inflação de bens comercializáveis no Brasil foi superior à observada em vários de seus pares e que esse processo pode se inverter no futuro, criando um novo risco baixista para a inflação. “O recente aumento do peso de itens comercializáveis no índice de inflação aumentaria a relevância desse evento”, frisou o texto.
Ainda sobre o cenário externo, o Copom observou que estímulos fiscais e monetários em alguns países desenvolvidos promovem uma recuperação robusta da atividade econômica. “Devido à presença de ociosidade, a comunicação dos principais bancos centrais sugere que os estímulos monetários terão longa duração”, trouxe a ata. Contudo, o documento salienta que a incerteza segue elevada e uma nova rodada de questionamentos dos mercados a respeito dos riscos inflacionários nessas economias pode tornar o ambiente desafiador para países emergentes.
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