Prefeitura e APL Metalmecânico de Sorocaba se reúnem com outras APLs da região para criar estratégias de combate ao aumento abusivo do aço


Sorocaba vem se destacando no cenário estadual na última década, entre outros fatores, devido ao número de empresas ligadas ao setor metalomecânico. 41% das indústrias, aqui instaladas, integram esse seguimento. Dentre elas: a metalurgia, a fabricação de produtos de metal, de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, de equipamentos, veículos automotores, reboques e carrocerias e de outros equipamentos de transporte.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Sorocaba (Sedettur), em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, ofereceu a oportunidade para que essas empresas se reunissem em um Arranjo Produtivo Local (APL).

O grupo tem como objetivo estabelecer vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e possibilitar parcerias com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.
Desde fevereiro deste ano, o APL Metalmecânico de Sorocaba, em conjunto com o APL Sucroenergético (Cana-de-Açúcar/Álcool) de Piracicaba e o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergéticos e Biocombustíveis (Ceise) de Sertãozinho, vem coordenando as discussões sistemáticas sobre os aumentos sucessivos do aço e suas consequências para as indústrias de pequeno e médio porte do ramo. A última reunião, realizada de forma virtual, para tratar sobre o tema ocorreu nesta quarta-feira (16).

As causas dos aumentos são multifatoriais. Iniciaram-se em março de 2020, quando as siderúrgicas, prevendo uma queda no mercado em razão da pandemia, desligaram 13 altos-fornos. Contudo, em maio de 2020, o mercado retomou o consumo e, consequentemente, o setor começou a sofrer com a escassez do produto, causado pelo desiquilíbrio entre a oferta e demanda, favorecendo as siderúrgicas a aumentarem os preços.

Índices alarmantes de aumento de preço e o enfrentamento da escassez de material fizeram com que as APLs realizassem, até o momento, com o apoio das universidades locais, oito reuniões de diagnóstico da problemática e de estudo das possíveis soluções.

Uma das saídas apontadas foi a notificação de autoridades da União e do Estado sobre os impactos do aumento da matéria-prima em questão, indicando algumas possíveis soluções político-econômicas para buscar o reequilíbrio entre a oferta e a demanda, entre elas a limitação das exportações e a retirada das barreiras de importação, com foco no abastecimento do mercado nacional.

Dentre as reuniões, foi apontada a necessidade de levantamento de dados e informações mais concretas, que comprovem o tipo de atuação das empresas brasileiras fornecedoras de insumos e o impacto negativo que elas vêm sofrendo em virtude do desequilíbrio do mercado.

Embora o cenário nacional seja desafiador para esse setor, a Prefeitura de Sorocaba não tem medido esforços para oferecer todas as ferramentas possíveis para que a categoria possa enfrentar este momento. É com cooperação e integração das forças, que essas empresas vencerão mais esse desafio”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Sorocaba, Robson Coivo.

Um dos empresários participantes da APL, Alexandre Giuliani, enfatiza a importância da aproximação com o Poder Público. “Vamos nos esforçar para manter o nosso APL. Precisávamos de acesso ao Poder Público e conseguimos, por meio da Sedettur, que nos conecta aos governos estadual e federal. Temos apoio do Parque Tecnológico e das IES, todas participando e abrindo novas perspectivas e se colocando à disposição. E o Sebrae, que vem possibilitando que os menores possam fazer parte da cadeia de um modo mais efetivo”, concluiu Giuliani.

As empresas interessadas em se juntar a esse pleito, fortalecendo a categoria contra o desabastecimento do mercado e o combate ao aumento abusivo de preços, poderão entrar em contato com a Sedettur, pelo e-mail: aplmsorocaba@gmail.com.

Desenvolvimento Econômico – Agência de Notícias