SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Moradores de dois prédios localizados na estrada de Jacarepaguá, na comunidade de Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro, tiveram que deixar os seus apartamentos na madrugada desta segunda-feira (14) por risco de desabamento.
Eles ouviram estalos, perceberam rachaduras nas paredes e chamaram o Corpo de Bombeiros. Equipes da Defesa Civil, da Guarda Municipal e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também foram para o local. A estrada de Jacarepaguá foi interditada na altura do número 115.
Na madrugada do dia 3 de junho, um homem de 30 anos e uma menina de dois anos, pai e filha, morreram após o desabamento de um prédio de quatro andares na comunidade de Rio das Pedras, na mesma região. Quatro pessoas ficaram feridas.
A construção que desabou era irregular, segundo a Secretaria Municipal de Habitação.
A região é dominada por milícias, que têm como uma de suas principais receitas a exploração imobiliária e venda de imóveis irregulares.
Segundo informações da polícia, o imóvel que desabou era antigo, foi construído há mais de 20 anos por familiares que moravam no local e sua construção não teria ligação com a milícia. O dono do edifício afirmou em depoimento à 16ª DP (Barra da Tijuca) que o imóvel foi construído sem a contratação de profissionais especializados.
Ele disse à polícia, ainda, que comprou o terreno há cerca de 25 anos e que o prédio de cinco andares foi construído aos poucos, conforme conseguia pagar. Macedo afirmou que nunca foi feita uma planta no imóvel e que construiu o prédio para que seus familiares tivessem onde morar, sem nunca ter alugado para outras pessoas.
Da mesma forma como aconteceu na madrugada desta segunda, em Rio das Pedras os moradores ouviram estalos antes do desabamento.
Em 2019, 24 pessoas morreram e sete ficaram feridas após dois edifícios ruírem na comunidade de Muzema.
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