RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Assim que foi convidada para interpretar Aldeíde Candeias no remake de “Vale Tudo”, Karine Teles tratou de pensar em como fazer o papel de forma diferente do que foi feito por Lilia Cabral em 1988. Pouco mais de um mês após a estreia, a atriz tem acumulado elogios por deixar sua marca na personagem.
“A essência de Aldeíde permanece. Ela é uma mulher pra frente, uma figura romântica, bem-humorada e com um leve receio de não encontrar um par”, comenta a atriz. “Acredito que agora ela é mais autocrítica.”
A espontaneidade segue sendo uma marca registrada da irmã de Poliana (Matheus Nachtergaele). “Ela é bem autêntica e não passa despercebida por onde passa”, brinca Karine, destacando o figurino ousado de Aldeíde na nova versão.
“Isso veio da Marie [Salles, figurinista da novela]. É um novo olhar sobre essa característica que, na primeira versão, também existia. Antes, Aldeíde se vestia de maneira extravagante; agora, tem um gosto mais específico”, compara. “Eu mesma não tenho nenhuma peça de roupa naqueles tons, tirando o vermelho. Mas rosa, lilás e roxo, não tenho nada.”
Por enquanto, Aldeíde é apenas uma secretária na empresa de aviação TCA, onde enfrenta os desafios cotidianos e o temperamento difícil de seu chefe, Marco Aurélio (Alexandre Nero). Se a trajetória da personagem seguir a trama original, em breve ela passará por uma guinada.
Em 1988, Aldeíde se casou com um português milionário, ficou viúva e herdou toda a fortuna do marido. Depois, retornou ao Brasil e reencontrou o amor nos braços de André (Marcello Novaes na versão original; Breno Ferreira no remake), filho da amiga Consuelo (Rosane Gofman/Belize Pombal).
“Ainda não sei o que vai acontecer mais pra frente com ela”, conta Karine. Ela diz torcer para que o envolvimento com um homem mais jovem seja mantido. “O mundo avança, mas algumas questões permanecem. Esse é um tabu que ainda está muito presente hoje em dia”, avalia. “É bom levar esses assuntos para a sociedade pensar.”