SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O meio-campista Lucas Evangelista teve uma emocionante apresentação pelo Palmeiras. O jogador chorou ao receber a camisa 30 alviverde, número que faz alusão à data do aniversário de sua mãe Marta, que morreu em 2023, e explicou o que apareceu em seu exame que “atrasou” em alguns dias o acerto com o Alviverde.

 

“Minha mãe está muito feliz, e eu tenho certeza que foi Deus que me colocou aqui, porque nem nos meus melhores sonhos eu imaginava que seria possível, com todas as circunstâncias, ter uma oportunidade dessa, em um time tão vitorioso, que está super bem estruturado há muito tempo. […] Nunca passou pela minha cabeça a oportunidade de estar aqui. Estou muito feliz, me sinto muito abençoado por estar aqui, então você, todo mundo pode ter certeza que eu vou doar a minha vida para estar sempre ajudando aqui dentro de campo e fora também”, disse o jogador.

“Não pensei duas vezes. Para ser bem sincero, eu não estava nem esperando uma proposta de vir jogar aqui. Estou muito feliz. Agora é continuar dando sequência nos treinos, e conhecendo melhor o que o Abel e a comissão pedem, para estar sempre à disposição para ajudar”, adicionou o jogador.

“Relacionado à cláusula, para ser sincero, eu nem entrei em detalhes com o meu empresário. Ele falou que é uma cláusula tranquila, mas não me preocupou porque eu não pensei duas vezes. Falei ‘sim, quero ir’. O que eu tenho em mente é ajudar. Sei que o elenco é muito bom. Tem muitos jogos durante o ano. Tanto o time titular quanto o time reserva têm que estar preparados.”

O QUE APARECEU NO EXAME?

“Eu fiquei bem tranquilo, porque eu já tinha feito uma bateria de exames no Red Bull Bragantino e tinha dado um nódulo benigno meu pulmão. Deve ser deve ser alguma alguma cicatriz que ficou por conta de alguma gripe forte que eu tive ou algo do tipo, mas eu já estava tranquilo em relação a isso. […] Eu estava bem tranquilo, estava bem em paz, eu já sabia o que era. O [Anderson] Barros também estava sempre ligando para mim e falando ‘fica tranquilo’. Então, foi muito de boa, estava com a cabeça tranquila.”

O QUE MAIS ELE FALOU

Se sentindo em casa: “Desde que eu cheguei no Brasil, o Palmeiras é a principal potência do Brasil. Eu sempre tive essa admiração pelo elenco do Palmeiras, pelo trabalho do Abel. O John John comentou que o ambiente aqui é fenomenal e eu já desconfiava, porque um time para ganhar tantos títulos, o ambiente é essencial ser bom. Cheguei aqui faz pouco tempo, estou super à vontade, super em casa, não sinto vaidade de ninguém. Claro que todo o ambiente tem alguns probleminhas, mas é de tirar o chapéu. A estrutura, o tratamento, a igualdade que o Abel dá para todo mundo”.

Jogo de volta contra o Corinthians: “A minha vontade, sem sombra de dúvidas, era estar ajudando, se não for possível dentro de campo. Fora ali, incentivando, passando confiança, que eu acho que vai ser muito importante, solidariedade. Tenho certeza que vai ser permitida a minha ida lá [na Neo Química Arena]. Então vou passar palavras positivas, força, confiança, porque eu sei que isso que vai fazer a diferença. O mental tem que tá muito bem e eu tenho certeza que vai estar”.

Vestiário após derrota no Allianz: “Eu senti alguns atletas um pouco tristes, mas depois passou. Não adianta a gente chorar o leite derramado, porque não vai resolver. Todo mundo já virou a chavinha. Em nenhum momento você escuta alguma palavra ou alguma conversinha com desconfiança. Tá todo mundo bem confiante. O Palmeiras está acostumado também a jogar finais, tem uma maturidade muito boa em relação a isso”.

Início tímido e ‘colou’ em Luighi: “No primeiro treino eu fiquei um pouco tímido, acanhado. É normal. Depois eu me soltei, aí teve um amistoso nesta sexta-feira (21), soltou. No começo estava meio assim, depois se solta. Eu acho que agora é só questão de tempo. É ganhar ritmos e ir conhecendo cada vez mais o que o Abel e a comissão pedem. Você vai pegando um pouco de intimidade, vai sabendo como que cada um gosta de jogar, se gosta de receber a bola no pé, nas costas. Acabei conversando bastante com o Luighi”

Conversas com Abel: “Para ser sincero, eu conversei pouco com o Abel, até porque ele é um cara que tá sempre ocupado. A gente acabou não conversando tanto, [ele] tá sempre trabalhando. Saiu do campo, ele já vai fazer o trabalho dele. Então, é o cara que eu tiro o chapéu, trabalha muito”.