A votação para o Oscar 2025 se encerra nesta terça-feira (18), às 22h (horário de Brasília), definindo os vencedores da premiação que acontece no dia 2 de março, em Los Angeles. Com um dos cenários mais imprevisíveis dos últimos anos, a corrida pela estatueta segue ocasião, e campanhas de última hora já não terão mais impacto no resultado a partir de quarta-feira (19).

 

Entre os principais concorrentes, “Anora” era considerado o grande predilecto no início da votação, que começou no último dia 11. No entanto, posteriormente algumas derrotas no Bafta — a principal premiação do cinema britânico, realizada no último domingo (16) — a liderança do longa começou a ser questionada.

A categoria de melhor atriz também se tornou um dos pontos mais disputados da premiação. Inicialmente polarizada entre Demi Moore (“A Substância”) e Fernanda Torres (“Ainda Estou Cá”), a disputa ganhou um novo fôlego com a vitória de Mikey Madison (“Anora”) no Bafta, recolocando a atriz na luta.

Bafta e a influência sobre o Oscar
O histórico do Bafta porquê termômetro do Oscar é instável. Em 2024, os vencedores das duas premiações coincidiram na maioria das categorias, com exceção dos melhores efeitos visuais. Já em 2023, exclusivamente uma categoria teve o mesmo vencedor: melhor montagem, conquistada por Paul Rogers, de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”.

Neste ano, o Sindicato dos Atores (SAG Awards), que acontece no próximo domingo (23), pode ajudar a esclarecer o cenário para a categoria de melhor atriz. Caso Moore ou Madison vençam, há boas chances de que uma delas ligeiro a estatueta. No entanto, se Cynthia Erivo (“Wicked”) for premiada, a disputa pode permanecer ainda mais incerta. Para a revista Variety, esse cenário abriria espaço para uma eventual vitória de Fernanda Torres, que seria a primeira atriz a vencer o Oscar sem indicações prévias ao SAG ou ao Bafta.

Melhor filme ainda tem predilecto, mas concorrência cresce
“Anora” segue porquê o principal candidato ao prêmio de melhor filme, posteriormente vencer as premiações do Sindicato dos Diretores (DGA) e dos Produtores (PGA). No entanto, sua rota no Bafta para “Conclave” na categoria principal, além das vitórias de “O Brutalista” em melhor direção (Brady Corbet) e roteiro original (“A Verdadeira Dor”), aumentaram a concorrência.

No sábado anterior ao Bafta, “Anora” também venceu o prêmio do Sindicato dos Roteiristas (WGA) na categoria de melhor roteiro original, o que mantém sua força na disputa. Ainda assim, a perda da categoria de melhor direção pode valer um caminho menos previsível para o longa de Sean Baker no Oscar.

A verosímil subida de “O Brutalista” também entra na equação, mormente se a tendência vista no Bafta se repetir. Já “Conclave” precisaria superar as estatísticas, pois, desde “Argo” (2012), nenhum filme venceu o Oscar sem ter um diretor indicado.

Disputa pelo Oscar de filme internacional segue indefinida
Na categoria de melhor filme internacional, a vitória de “Emilia Pérez” no Bafta colocou em xeque o nepotismo de “Ainda Estou Cá”, do Brasil, que vinha crescendo na disputa posteriormente controvérsias envolvendo declarações polêmicas de Karla Sofía Gascón, estrela do filme francesismo.

No entanto, o período de votação do Bafta foi encerrado antes do início da repercussão negativa sobre Gascón, que inclui falas islamofóbicas, racistas e críticas ao próprio Oscar. Com isso, especialistas de veículos porquê Variety e Entertainment Weekly ainda enxergam “Ainda Estou Cá” com vantagem na disputa.

Com o termo da votação nesta terça-feira, as especulações chegarão ao termo, e os vencedores serão conhecidos na cerimônia do Oscar, marcada para o dia 2 de março. 

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