(FOLHAPRESS) – O presidente do Banco Medial, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (12) que o “remédio” de juros altos vai funcionar no combate à inflação e que a domínio monetária deve ter “parcimônia” na estudo de dados sobre desaceleração da atividade econômica.

 

“O Banco Medial mostrou que tem condições de colocar a taxa de juros em um patamar restritivo e seguir nessa direção”, afirmou em evento no Rio de Janeiro, organizado pelo Cebri (Núcleo Brasílio de Relações Internacionais), em parceria com o Instituto de Estudos de Política Econômica/Lar das Garças e o Núcleo de Debates de Políticas Públicas.

Segundo Galípolo, o país deve passar por um momento “desconfortável” no limitado prazo, com inflação fora da meta e economia mais fraca. O BC prevê um novo estouro do teto da meta (4,5%) em junho, conforme o sistema de objectivo contínuo em vigor, depois de o IPCA (Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Espaçoso) ter fechado 2024 com subida acumulada de 4,83%.

“É um momento desconfortável para a sociedade porquê um todo, para empresas e famílias, onde a inflação deve seguir num patamar desconfortável, fora da meta, repercutindo todos os eventos do pretérito, e você espera que a política monetária vá fazendo efeito gradativamente e apresentando um processo de desaceleração [da atividade econômica]”, disse.

Essa foi a primeira enunciação pública de Galípolo sobre política monetária desde que assumiu o comando do BC, em 1º de janeiro. Na última quinta-feira (6), o presidente da domínio monetária falou em um tela internacional somente sobre meios de pagamento.

Na primeira reunião sob o comando de Galípolo, no dia 29 de janeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou, em decisão unânime, a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.

O comitê também reafirmou a sinalização de que pretende fazer mais uma subida da mesma intensidade na próxima reunião, em março, e evitou se comprometer com qualquer ritmo de ajuste em maio.

“A gente ainda precisa de tempo, está com nossa rota de planejamento até a próxima reunião bastante definida, vamos lucrar tempo para poder ver porquê os dados vão reagir e ver o que é sinal e o que é soído”, afirmou.

O presidente do BC disse também ver com naturalidade que o mercado passe a escoltar com mais atenção os dados sobre atividade econômica, mas assegurou que a domínio monetária será cautelosa nessa estudo até que a tendência de esfriamento da economia, de roupa, se concretize.

“Esses dados são de subida frequência, apresentam uma certa volatilidade […] Cabe agora ao Banco Medial ter a devida parcimônia e serenidade na reparo desses dados para que a gente tenha tempo suficiente para observar qualquer tipo de notificação”, disse.

Em dezembro de 2024, o volume de serviços recuou 0,5% na confrontação com novembro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasílio de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta.

No evento, Galípolo classificou porquê “repto pessoal” o “limite ou a medida certa” do que cabe à domínio monetária falar e disse ter tido “espaço e voz” para “transcrever e explicar” ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) as reações do mercado financeiro.

“Tem uma segunda variável que é aonde para, institucionalmente, a função do Banco Medial. Esse realmente faz secção do repto para você não cruzar uma traço e não transcender o que é o quadro ali da domínio monetária”, acrescentou.

Galípolo é um nome de crédito do presidente Lula. Logo depois a decisão do Copom, o superintendente do Executivo disse que o presidente do BC vai fabricar condições de entregar “uma taxa de juros menor no tempo que política permitir”.

Com relação ao cenário internacional, o presidente do BC disse ver incerteza, mas ponderou que o impacto das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser menor sobre o Brasil.

Isso porque, segundo estudo de economistas, o país não aproveitou tão muito a reorganização das cadeias globais de produção em decorrência da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia.

“Ao longo de 2025, a gente tem ouvido mais a teoria de que, pelo roupa de que o Brasil não se inseriu tão muito, do ponto de vista da reciprocidade com a economia norte-americana, talvez o Brasil sofra menos no caso de uma tarifa”, disse.

Na última segunda (10), Trump elevou para 25% as tarifas sobre importações de aço e alumínio. Entre as justificativas, mencionou o aumento significativo de compra de aço da China pelo Brasil.

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