BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – Um relatório do Ministério do Transporte da Venezuela mostra que o King Air F90 que caiu na última sexta-feira (7) em São Paulo esteve envolvido em um outro acidente airado na Venezuela, em 2013.
Avião, à quadra com a matrícula YV503T, teve um problema logo depois a decolagem. Ao retrair o trem de pouso, um alerta de “inseguro” foi indicado ao piloto, que decidiu voltar ao aeródromo imediatamente.
Quando o avião tocou o solo, o trem de pouso da esquerda se retraiu. Alguns metros depois, o da direita também se retraiu. Assim, a avião deslizou “de bojo” por 320 metros, até parar.
A única pessoa a bordo não ficou ferida, mas a avião teve “danos estruturais significativos”. Componentes do trem de pouso, estrutura da asa direita e segmento subordinado da fuselagem tiveram que ser reparadas depois o acidente.
Autoridades da Venezuela determinaram que a culpa do acidente foi a instalação incorreta de uma segmento do trem de pouso depois uma manutenção preventiva. “O atuador do trem de pouso recta foi removido na última inspeção e seu rolamento de base não foi reinstalado corretamente. Porquê resultado, o atuador se desprendeu do suporte, levando ao colapso do trem de pouso”, diz o documento.
Avião foi transferida para o último proprietário em 11 de dezembro de 2024, segundo a Anac. Ela caiu em São Paulo na última sexta-feira (7). Duas pessoas morreram.
Um empresário gaúcho e o piloto do avião morreram, e seis pessoas ficaram feridas no entorno. O avião de pequeno porte caiu muito próximo da marginal Tietê, do Allianz Parque e dos CTs do São Paulo e do Palmeiras.
Vítima era o proprietário da avião, o empresário e jurisperito gaúcho Márcio Louzada Carpena. A morte dele foi confirmada pela OAB-RS (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul). A identidade do piloto, Gustavo Medeiros, foi confirmada ao UOL por um companheiro e sócio de Márcio. Márcio chegou a postar imagens do avião em seu Instagram minutos antes da queda.
Avião caiu por volta das 7h18, na profundidade do condomínio Jardim das Perdizes, depois de transpor do Campo de Marte, na esquina com a av. Pompeia. Ela arrancou árvores, placas de trânsito e bateu na traseira de um ônibus, que estava parado para embarque e desembarque de passageiros, na Terreiro José Vieira de Roble Mesquita. O veículo da risca 8500 Terminal Pirituba-Barra Fundíbulo estava a 5 km do aeroporto.
Testemunha relatou que o piloto tentou pousar a avião. Segundo o personal trainer Adriano Molina, o avião se arrastou pela avenida até se incubar com a traseira do ônibus e explodir. Ele disse que viu alguns passageiros saindo do ônibus pela porta da frente.
Pelo menos seis pessoas ficaram feridas. O motorista do ônibus foi socorrido em estado de choque. Ele foi longínquo das suas funções na Viação Santa Brígida. Um motociclista foi atendido depois ser atingido uma placa de trânsito. Uma idosa bateu a cabeça dentro do ônibus e teve um galanteio. Outras três pessoas no ponto ou dentro do ônibus também ficaram feridas, segundo os bombeiros.
Avião era um King Air com capacidade para até oito passageiros. O avião matrícula PSFEM foi fabricado em 1981 e transferido de proprietário em dezembro de 2024. Ele pertencia a empresa Máxima Perceptibilidade Operações e Empreendimentos, de Porto Satisfeito, e não tinha autorização para fazer táxi airado, segundo o sistema da Anac (Filial Vernáculo de Aviação Social). A aeronavegabilidade [estado de segurança da aeronave], porém, estava em situação normal.
Lapso mecânica é a culpa mais provável da queda. Foi o que disse o perito aeronáutico e judicial Daniel Kalazans em entrevista ao UOL News. “Falarei uma vez que controlador e piloto. Operei muito no Campo de Marte, que tem uma superfície muito complicada depois a decolagem. Tudo indica que foi uma lapso técnica, mecânica. Entendo que ele [o piloto] tenha buscado o retorno. A melhor opção seria voltar para o próprio Campo de Marte e provavelmente isso não foi provável. O sítio de pouso ali naquela região é muito difícil. O piloto buscou a melhor opção, que foi tentar um pouso forçado na avenida [Marquês de São Vicente]. Mesmo assim, temos complicações. Em uma avenida, há postes, árvores, fios de subida tensão… Dificilmente ele lograria vitória”.