O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, enviou um recado direto ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (12), afirmando que qualquer ataque contra um país-membro da confederação militar ocidental terá uma resposta severa.
“Se Putin hostilizar a OTAN, a reação será devastadora. Ele perderá”, declarou Rutte durante a reunião do Grupo de Contato de Resguardo da Ucrânia, realizada na sede da confederação, em Bruxelas.
A enunciação ocorre em meio a relatórios de perceptibilidade que sugerem a possibilidade de uma expansão do conflito russo para além da Ucrânia. Na terça-feira (11), a filial de perceptibilidade militar da Dinamarca (DDIS) divulgou um documento alertando que a Rússia pode iniciar uma “guerra de grande graduação” dentro dos próximos cinco anos.
O relatório dinamarquês destaca que Moscou poderá considerar um ataque militar contra um ou mais países europeus caso avalie que a OTAN está enfraquecida militarmente ou politicamente dividida.
Contexto do conflito e anexações russas
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano sob a justificativa de “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
Desde logo, Moscou anexou quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia, além da Crimeia, ocupada desde 2014. Kiev exige a retirada das tropas russas de todas essas áreas uma vez que quesito para qualquer negociação de silêncio.
A escalada das tensões e as declarações de líderes ocidentais indicam que a possibilidade de um conflito direto entre Rússia e OTAN, embora improvável no pequeno prazo, não está descartada.
Leia Também: Putin desconfia de Trump e freia negociação sobre Ucrânia