SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) realizou nesta segunda-feira (10) mudanças na cúpula da Polícia Social de São Paulo e, entre elas, promoveu para diretor do Demacro o solicitador Luiz Carlos do Carmo, publicado uma vez que Bad Boy, investigado no pretérito sob a suspeita de comprar incumbência na polícia.

 

A chefia do Demacro é considerada uma das mais importantes de toda a Polícia Social paulista, por ser responsável por toda a Grande SP, o que inclui municípios entre os mais ricos do país uma vez que Guarulhos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Mogi das Cruzes.

Em nota, a Corregedoria da Polícia Social disse que todas as denúncias mencionadas foram devidamente investigadas e, posteriormente, arquivadas. “Não há, até o momento, qualquer impedimento para que o solicitador citado assuma o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).”

A Folha de S.Paulo tenta falar com o solicitador Carmo. A reportagem solicitou à SSP contato do policial, mas não foi atendida.

O nome de Carmo surgiu em investigação envolvendo o ex-policial Augusto Peña que, em prova ao Ministério Público em fevereiro de 2009, afirmou ter participado de esquema de venda de cargos na Polícia Social organizado pelo logo secretário-adjunto da Segurança Lauro Malheiros Neto.

De convénio com ele, ao menos três delegados pagaram valores de R$ 110 milénio a R$ 250 milénio para assumir cargos de interesse. Carmo teria pagado por uma vaga no Detran, o departamento de trânsito, tal qual valor Peña não soube informar à Promotoria porque teria recebido o moeda em um pacote fechado.

Os policiais e o secretário negavam participação no suposto esquema. O delator não havia apresentado provas, mas integrantes do governo paulista consideravam crível a história contada por ele em razão de suspeitas já existentes.

O escândalo levou à queda da cúpula da Segurança Pública da era, comandada pelo secretário Ronaldo Marzagão. Ele foi substituído pelo procurador Antônio Ferreira Pinto, que, entre medidas de combate à prevaricação policial, transferiu o comando da Corregedoria na Polícia Social para sede da secretaria.

Posteriormente implementar ações contra policiais suspeitos, Ferreira Pinto passou a ser objectivo de espionagem clandestina feita por um grupo de delegados. Quando o esquema foi desvelado em 2011, uma série deles foi afastada do incumbência, entre eles o logo delegado-titular do DHPP (departamento de homicídios), Luiz Carlos do Carmo.

O policial não quis comentar o matéria à era.

A primeira polêmica envolvendo o solicitador ocorreu em 2007, quando ele foi longínquo da chefia da 8ª Seccional por ter apresentado à cúpula da Segurança Pública, uma vez que se fosse novidade, uma investigação sobre sonegação fiscal paragem há mais de dois anos. Na ocasião, ele também não comentou.

Carmo, ultimamente, estava uma vez que diretor do Deinter 6, responsável pela região de Santos. No lugar dele, foi nomeado o solicitador Flávio Ruiz Gastaldi, logo solicitador seccional de Praia Grande.

O logo diretor do Demacro, Julio Gustavo Vieira Guebert, foi transferido para o DAP (Departamento de Governo e Planejamento).

Outra mudança ocorreu no Dipol (Departamento de Lucidez da Polícia Social), para onde foi o solicitador Marcelo Jacobucci, logo divisionário da DIG (Repartição de Investigações Gerais), do Deic.

Para policiais civis ouvidos pela Folha, as mudanças desta segunda-feira são vistas uma vez que um conserto político de cargos que não trarão nenhuma mudança significativa para a Segurança Pública. Todos foram unânimes em considerar um contraditório a indicação de Carmo para o Demacro.

Embora as trocas tenham sido assinadas pela Mansão Social, por ser uma atribuição do governador, elas são atribuídas ao secretário da Segurança, Guilherme Derrite.

Em janeiro, o governo paulista havia promovido a mudança na chefia de departamentos importantes uma vez que o próprio Deic, o Denarc (narcóticos) e a Corregedoria, em seguida o desdobramento do caso Vinícius Gritzbach, delator do PCC morto no Aeroporto Internacional de São Paulo.

A Corregedoria da Polícia Social afirmou ainda que as movimentações promovidas na segunda-feira seguiram critérios estritamente técnicos e operacionais da instituição.