O relator da percentagem parlamentar de questionário (CPI) do Senado que investiga a manipulação de jogos e de apostas esportivas, Romário (PL-RJ), pediu o indiciamento, por crimes de manipulação de resultados, dos empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade e do tio do jogador Lucas Paquetá, Bruno Tolentino. Ex-atleta do Flamengo com atuação na seleção brasileira, Paquetá atualmente joga no futebol inglês.
A sessão prevista para esta terça-feira (11), em que o relatório seria lido, foi cancelada. Uma novidade data para a leitura ainda será marcada. Romário afirma, em suas conclusões, que a manipulação de resultados envolve os mais variados atores do esporte. A percentagem investigou supostas fraudes em jogos para obtenção de prêmios das apostas online, as chamadas bets.
“Atletas de basta rendimento com contratos vultosos se tornaram branco de investigações relacionadas à simulação de situações de jogo para receberem ‘cartões amarelos’ em mercê próprio e de terceiros. Dirigentes de clubes ‘alugaram’ times para servirem a criminosos para a manipulação de resultados. Ex-atletas aliciaram jovens para participar de esquemas criminosos. Um criminoso confesso se vangloriou da quantidade de times que rebaixou para obter ganhos financeiros”, enfatizou o relator.
De pacto com as investigações em curso, o jogador Lucas Paquetá cavaria faltas para provocar cartões amarelos e, assim, vencer apostas feitas em plataformas online, beneficiando apostadores. Criminado de tentar manipular o mercado de apostas pela Associação de Futebol da Inglaterra, o meio-campista negou qualquer irregularidade.
“Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome”, escreveu o jogador em uma rede social quando as acusações foram reveladas, em maio de 2024. O tio de Paquetá, Bruno Tolentino, foi convocado para depor na CPI das Apostas, em outubro de 2024, mas permaneceu em silêncio e não respondeu aos questionamentos dos parlamentares.
Penalidade máxima
Um dos investigados, o ex-jogador e empresário Bruno Lopez de Moura, confirmou que participava de um esquema de manipulação de jogos. Ele não foi indiciado pela CPI devido a um pacto de não persecução penal feito com o Ministério Público (MP).
“Bruno informou que a maior quantia que recebeu foi de aproximadamente R$ 720 milénio, em seguida uma operação que envolvia a manipulação de resultados”, diz o relatório de Romário. Por outro lado, Bruno negou ser a liderança da organização criminosa, conforme aponta a investigação da Operação Penalidade Máxima, da Polícia Federalista (PF).
Os arranjos envolviam expulsão ou cartões provocados propositadamente. “Em relação à tomada de cartões amarelos. O pagamento era de R$ 150 milénio para cada jogador (Série B de 2022), do qual se descontava a percentagem dos intermediadores; apostas envolvendo expulsão ou pênaltis se esperava retorno entre um e dois milhões de reais”, completa o documento da CPI.
Apostas simples
O relator Romário argumenta que as casas de apostas estão oferecendo, cada vez mais, as chamadas apostas simples (ou single bets), modalidade que facilita a manipulação de resultados porque depende de um único evento. Outra modalidade são as apostas múltiplas, relacionadas a diversos eventos simultâneos, mais difícil de serem previstos.
“Uma vez que tais manipulações não afetam o resultado final de um jogo, jogadores podem sentenciar mais facilmente participar sem muito remorso”, diz o documento.
Para o senador Romário, a oferta de apostas para eventos específicos (número de gols, número de cartões, vitória/itinerário no primeiro tempo etc.) reduz o dispêndio de oportunidade para o jogador, tornando a depravação mais atrativa. “Só com regulação seria verosímil controlar esses tipos de apostas”, completou.
Romário recomenda a limitação dos tipos de apostas disponíveis com a eliminação da “possibilidade de apostas em eventos isolados que dependam de um desportista, porquê recebimento de cartões amarelos e vermelhos e cometimento de pênaltis”.
Se confirmado pelo conjunto da Percentagem, o texto será guiado ao Ministério Público Federalista, ao Judiciário, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a órgãos do Executivo, porquê os ministérios da Herdade e do Esporte, para que as entidades envolvidas com o esporte e com os jogos online adotem medidas contra a prática da manipulação de resultados.
Empresários
Em prova à CPI em outubro de 2024 por videoconferência, o empresário William Pereira Rogatto confessou que manipula jogos e disse que já adquiriu murado de R$ 300 milhões fraudando resultados em apostas online. “Estou sendo réu confesso cá porquê eu te falei e estou cá claramente confessando tudo que eu faço. Não consigo parar porque o sistema me dá essa brecha. Vou parar uma coisa que está dando perceptível?”, disse o empresário na ocasião.
Rogatto, publicado porquê “Rei do Rebaixamento”, por supostamente provocar o rebaixamento de clubes, foi recluso em novembro de 2024, pela Interpol, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Indigitado porquê um dos principais financiadores de um esquema de fraude de jogos pelo Ministério Público e Polícia Social de Goiás. O relatório também pediu o indiciamento do empresário Thiago Chambó Andrade, que faltou às duas convocações feitas pela CPI.
“Foram realizadas várias diligências em endereços vinculados a ele pela polícia do Senado Federalista, em seguida autorização judicial de meio coercitiva, mas não foi encontrado. Em razão disso, a CPI requereu em raciocínio a sua prisão preventiva”, diz o texto.
A Sucursal Brasil tenta contato com a resguardo dos indiciados e está ensejo para incluir seu posicionamento no texto.