O Discord, plataforma amplamente utilizada por jovens para jogos e interação social, se tornou um terreno fértil para predadores e abusadores. Casos recentes de aliciamento e exploração sexual de menores, revelados em investigações da mídia e denúncias públicas, acenderam um alerta entre pais e autoridades. O envolvente do dedo, que é marcado pelo anonimato e pela falta de moderação eficiente, facilita a ação de criminosos e pode desencadear traumas profundos nas vítimas.
Paulo Akiyama, jurisperito e perito em recta empresarial e recta de família, explica que o anonimato nas plataformas digitais é uma das principais brechas exploradas pelos agressores. “O criminoso cria um vínculo de crédito, muitas vezes fingindo ser um colega ou mentor. Esse contato inicial, que parece inofensivo, pode rapidamente evoluir para chantagens e situações de agravo grave”, afirma Akiyama.
Casos emblemáticos foram expostos em reportagens uma vez que a do Fantástico, que revelou práticas de tortura psicológica e exploração sexual no Discord. Criminosos conhecidos por codinomes uma vez que “Dexter” e “DPE” agiam em servidores privados, onde aliciavam adolescentes e as submetiam a situações degradantes. Uma investigação recente da SaferNet também apontou o aumento no número de denúncias relacionadas à exploração sexual infantil em plataformas uma vez que o Discord, impulsionado pelo isolamento social e pelo aumento do uso de ambientes virtuais.
Falta de moderação e a escalada do problema
A facilidade de fabricar servidores privados e a exiguidade de uma supervisão eficiente fazem do Discord um espaço propício para a disseminação de teor inoportuno e o contato com predadores. Um estudo do MediaLab UFRJ mostrou que, embora a maioria dos usuários tenha entre 18 e 24 anos, meninas e adolescentes são os principais alvos de assédio e cyberbullying. “As empresas de tecnologia precisam assumir um papel mais ativo na proteção dos jovens. A falta de mecanismos de moderação coloca em risco milhares de usuários vulneráveis”, alerta Akiyama.
O impacto psicológico nas vítimas pode ser devastador. Mudanças de comportamento, isolamento social, queda no desempenho escolar e sinais de depressão são frequentemente observados em jovens expostos a situações de agravo online. A psiquiatra infantil Carla Torres destaca que, em muitos casos, o traumatismo pode se manifestar em forma de transtornos de impaciência e fobia social. “Esses jovens, ao serem expostos a ambientes hostis, muitas vezes se fecham e têm dificuldades de estabelecer vínculos de crédito no mundo real. O base psicológico inopino é fundamental”, diz Torres.
Uma vez que proteger os jovens
Akiyama reforça que o papel dos pais é precípuo para a prevenção. “O diálogo sincero é a chave para detectar situações de risco. Os jovens precisam saber que não serão julgados ao buscar ajuda”, afirma. Ele recomenda ainda o uso de ferramentas de controle parental, além da supervisão ativa sobre o tempo e os ambientes digitais frequentados pelos filhos. Configurar corretamente as opções de privacidade no Discord, limitando quem pode enviar mensagens ou aditar amigos, também é uma medida importante.
No entanto, medidas preventivas não são suficientes quando o dano já foi causado. Em situações de agravo, é necessário agir rapidamente para proteger a vítima e punir o invasor. Akiyama orienta que os pais salvem todas as evidências, uma vez que conversas e prints de tela, antes de denunciar às autoridades. “A Polícia Federalista e a SaferNet são as principais entidades de base nesse tipo de ocorrência. Denunciar o perfil diretamente na plataforma também ajuda a evitar que outros jovens sejam vítimas”, explica.
Pressão por políticas mais rígidas
A falta de moderação ativa por segmento das plataformas digitais é claro de críticas recorrentes. Embora o Discord tenha implementado algumas medidas de segurança, especialistas argumentam que essas ações são insuficientes para mourejar com a graduação do problema. Organizações de proteção aos direitos infantis, uma vez que a SaferNet Brasil, defendem políticas mais rígidas de verificação de idade e monitoramento proativo de conteúdos potencialmente nocivos.
O jurisperito acredita que uma solução duradoura passa por uma combinação de medidas preventivas, conscientização familiar e regulação do setor. “Não podemos esperar que a mudança venha exclusivamente das empresas. Os pais, a sociedade e as autoridades precisam trabalhar juntos para prometer um envolvente online seguro para os jovens. A legislação brasileira já tem mecanismos para punir crimes digitais, mas é preciso aplicá-los de forma eficiente”, conclui Akiyama.
Onde buscar ajuda:
Disque 100: Via gratuito para denúncias de agravo infantil e violação de direitos humanos.
Polícia Federalista: Delegacias especializadas em crimes cibernéticos.
SaferNet Brasil: ONG dedicada à segurança do dedo e ao combate ao agravo infantil online.
Plataforma Discord: Possui ferramentas de denúncia interna para remoção de conteúdos e perfis.
A segurança do dedo exige vigilância metódico, principalmente em plataformas de aproximação massivo uma vez que o Discord. Com diálogo sincero, supervisão ativa e colaboração entre sociedade e governo, é verosímil reduzir os riscos e prometer um envolvente virtual mais seguro para as futuras gerações.