SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou ao menos seis acidentes aéreos fatais (de um totalidade de 22 ocorrências) em 2025, que provocaram a morte de 10 pessoas. Nenhum deles foi em voo mercantil.

 

Os dados são do Pintura Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, a partir de informações do Cenipa (Meio de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

As estatísticas de acidentes aéreos disponíveis no quadro ainda não incluem a queda de um avião protótipo King Air na zona oeste paulistana, na última sexta-feira (7), que matou duas pessoas -os dados por quanto somam no site do serviço cinco ocorrências fatais e oito mortes.

Segundo o Cenipa, a plataforma é atualizada diariamente. Assim, o acidente em São Paulo deverá ser incluído nesta segunda-feira (10), primeiro dia útil posteriormente a queda.

Destas ocorrências com mortes, três delas foram no estado de São Paulo. A última foi a da sexta, quando o avião de pequeno porte caiu na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Fundíbulo, zona oeste da capital paulista, logo posteriormente a decolagem no aeroporto Campo de Marte, na zona setentrião.
Neste acidente morreram o legista Márcio Louzada Carpena e o piloto Gustavo Medeiros, cujos corpos foram encontrados carbonizados dentro da avião.

As causas do acidente são incertas, mas um áudio com registro da torre de controle mostra que, sem declarar emergência, o piloto havia pedido para voltar imediatamente ao aeroporto Campo de Marte, o que não conseguiu fazer.

No dia 9 de janeiro, uma tentativa frustrada de pouso em Ubatuba, no litoral setentrião de São Paulo, matou o piloto e feriu uma família a bordo -o par possessor da avião e dois filhos, de 4 e 6 anos, tiveram de ser hospitalizados.

O avião, um jato Cessna Aircraft, fabricado em 2008, protótipo 525, que havia decolado de Mineiros (GO), não conseguiu pousar no aeroporto e excedeu o limite da pista.

Imagem de uma câmera de monitoramento mostra o jatinho assestar o alambrado da cabeceira 9 do aeroporto, passar pela avenida Guarani, na orla, tocar o solo quando chega a uma terreiro e explodir até parar no mar na praia do Cruzeiro. No acidente, um poste e um veículo, sem ocupantes, também foram atingidos, segundo testemunhas. O piloto Paulo Seghetto morreu na hora.

Um relatório preparatório produzido pelo Cenipa foi publicado em 15 de janeiro, mas exclusivamente com informações básicas do acidente, com os factuais obtidos no estágio inicial da investigação, segundo a FAB.

Não há prazo para o relatório final ser concluído. Além da Aviação, o acidente é investigado pela Polícia Social e pelo Ministério Público de São Paulo.

Na noite de 16 de janeiro, um helicóptero caiu em Caieiras, na Grande São Paulo, em superfície de mata fechada próxima à rodovia dos Bandeirantes. No acidente morreram o empresário André Feldman, possessor da BIG – Brazil International Games, empresa de apostas online, e sua mulher, Juliana Feldeman.

A avião havia decolado na zona do Jaguaré, na zona oeste paulistana e seguia para Americana, quando houve o acidente -chovia no momento. O piloto Edenílson de Oliveira Costa e a filha do par, de 12 anos, foram resgatados na manhã seguida e levados para o Hospital das Clínicas. Os dois já tiveram subida.

A zona rústico de Minas Gerais registrou dois acidentes aéreos neste ano, com quatro mortes. No primeiro deles, em 22 de janeiro, um avião agrícola caiu durante uma manobra. Só havia o piloto a bordo, que morreu com o choque.

A queda de um helicóptero no dia 27 de janeiro, em uma rancho de Cruzília (MG), matou três pessoas. De harmonia com informações do boletim de ocorrência, morreram o piloto Fernando André Ferreira, o gerente da rancho, Lúcio André Duarte e a esposa dele, Elaine Moraes de Souza, que também trabalhava no lugar.

A avião pertencia à uma empresa de pulverização. O fruto e sócio do piloto disse que o trabalho já havia sido finalizado quando o par combinou com um passeio leviano pela rancho. Pouco depois houve a queda.

Um outro avião agrícola caiu no mês pretérito, matando o piloto no acidente em Canarana (MT).

O acidente com um avião da Voepass, em agosto do ano pretérito, quando 62 pessoas morreram em Vinhedo (SP), tornou o ano de 2024 o mais mortal da aviação brasileira em uma dezena, período comparado pela Força Aérea Brasileira em seu site.

Segundo dados estatísticos disponibilizados pelo quadro Sipaer, no ano pretérito 153 pessoas morreram em acidentes com aviões, helicópteros e outras aeronaves no país.