O técnico Roger Machado ficou satisfeito com a atuação do Internacional no empate por 1 a 1 diante do Grêmio, neste sábado, mas as discussões táticas ficaram em segundo projecto na coletiva de prelo na Redondel do Grêmio. O comandante da equipe colorada demonstrou profunda irritação e não poupou críticas em relação à arbitragem e ao regulamento do Campeonato Gaúcho.
Ainda aos 30 minutos do primeiro tempo, seu facilitar Roberto Ribas foi expulso por reclamação em seguida invocar a atenção do avaliador Rafael Klein pela dura ingressão do gremista João Pedro no atacante Wesley. De congraçamento com o regulamento da Federação Gaúcha de Futebol, o treinador, uma vez que responsável pela percentagem técnica, também precisa deixar o banco de reservas. Posteriormente relutar, Roger aceitou trespassar, sob protestos, e o jogo teve sequência.
“É uma regra que a gente aceita, mas eu não concordo, ela é absurda. Demonstra a falência da capacidade da arbitragem de controlar o jogo com os meios possíveis”, reclamou Roger Machado depois da partida. “O avaliador tem o quarto. Tira esse e, se o avaliador sentir alguma coisa, colocamos o director para apitar. É difícil concordar, mostra a falência do sistema”, acrescentou.
Com a expulsão do facilitar e, por tábua, do técnico, Adaílton Bolzan, facilitar da percentagem técnica permanente do Internacional assumiu a equipe no banco. “Se eu não tenho dois auxiliares, o meu facilitar sai e eu sou expulso, quem vai comandar meu time? O médico? O massagista? É um contra-senso”, ironizou o comandante.
Mesmo inconformado por ter de deixar a espaço técnica ainda no primeiro tempo, Roger Machado elogiou o desempenho de sua equipe e o volume de jogo que os atletas apresentaram em campo, criando dificuldades ao rival tricolor, mas lamentou a atuação da arbitragem, que considerou tendenciosa.
“Minha expulsão não mexeu nos atletas dentro de campo, mas, para mim, a escolha do critério que arbitragem adotou dentro de campo deixou o clássico tenso. Nitidamente o avaliador escolheu fazer as vezes da mansão”, comentou Roger. “Se a gente pegar os melhores momentos da partida, traduz o que aconteceu dentro do campo. Conseguimos, fora de mansão, neutralizar as virtudes do opoente, matando as principais ações ofensivas. Finalizamos muito. Tivemos o controle da partida técnico e tático.”