O piloto Gustavo Medeiros, que comandava o avião que caiu na manhã desta sexta-feira, 7, na Barra Fundíbulo (zona oeste de São Paulo), pediu à torre de controle “retorno súbito” ao aeroporto do Campo de Marte logo depois de decolar. É o que afirma um piloto que naquele momento aguardava autorização para levantar voo e acompanhou a conversa pelo rádio.
“Estou no ponto de espera ainda, o rostro (Medeiros) decolou na minha frente. Estou no ponto de espera aguardando. Estou aguardando cá. Já faz uns 15 minutos ou 20 que estou parado cá, que a torre mandou esperar, né? Ele (Medeiros) não declarou emergência, ele falou: ‘Torre, solicito retorno súbito, fox-echo-mike (FEM, o prefixo da avião), aí não falou mais zero. E a torre tentou invocar ele, tentou invocar ele, mas zero. Logo vi a fumaça, decolaram os helicópteros cá, já… complicado. Que triste”, afirmou o piloto.
Consultada pela reportagem, a assessoria de prensa do aeroporto do Campo de Marte afirmou que “informações sobre a torre de controle devem ser requisitadas às autoridades aeronáuticas”. A Aviação não se pronunciou sobre a sintoma do piloto.
O avião caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na profundeza do número 2.154. Medeiros e o jurisperito Márcio Louzada Carpena, os únicos a bordo da avião King Air F90, morreram no sítio. Seis pessoas que estavam próximas ao ponto da queda ficaram feridas. Elas sofreram ferimentos leves e passam muito.
Testemunhas relataram ter visto a avião perder altitude e se germinar contra a via, gerando uma explosão. O queima se alastrou e atingiu um ônibus, cujos passageiros conseguiram evadir sem ferimentos.
Agentes da Força Aérea Brasileira (FAB) especializados em investigar acidentes aéreos estiveram no sítio para colher as informações iniciais para apurar as causas da queda da avião. Para especialistas, é difícil mostrar tendência que explique a subida de acidentes aéreos no País.