A enviada-adjunta dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Morgan Ortagus, declarou nesta quinta-feira (6) que a participação do Hezbollah no novo governo libanês representa uma “risca vermelha” para Washington. Em visitante solene a Beirute, Ortagus também celebrou o término do que chamou de “reinado de terror” do grupo extremista.
“Estabelecemos linhas vermelhas claras para os Estados Unidos: o Hezbollah não poderá continuar a aterrorizar o povo libanês, incluindo fazendo secção do governo”, afirmou Ortagus depois um encontro com o presidente do Líbano, Joseph Aoun.
Ela também destacou que o grupo xiita, coligado do Irã, sofreu uma grande guia diante de Israel depois mais de um ano de hostilidades. “O Hezbollah foi derrotado por Israel e os Estados Unidos agradecem ao seu coligado por isso”, disse à sucursal AFP.
Impasse na formação do governo libanês
A enunciação ocorre em um momento frágil para a política libanesa. Em seguida dois anos sem um governo formal, o país conseguiu nomear um novo presidente e primeiro-ministro no início de janeiro. No entanto, os esforços para formar um gabinete permanecem travados, com divergências sobre a participação de grupos uma vez que o Hezbollah na governo do país.
Ortagus reforçou a posição dos EUA contra o grupo e defendeu reformas para prometer a segurança do Líbano. “Os homens e mulheres de caráter deste governo irão prometer que começamos a pôr término à prevaricação e à influência do Hezbollah, e a iniciar as reformas para um país maior”, afirmou.
Influência do Irã na região
O Hezbollah, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, integra o chamado “eixo de resistência” bem pelo Irã. Esse conjunto inclui também os grupos palestinos Hamas e Jihad Islâmica, além dos houthis no Iêmen. O Irã tem usado esses aliados para ampliar sua influência no Oriente Médio e manter oposição a Israel e aos EUA.
Essa foi a primeira viagem internacional de Ortagus desde que foi nomeada para o incumbência pelo ex-presidente Donald Trump.
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