Mais do que o erro de Richard Ríos que resultou no gol do Corinthians e o pênalti perdido por Estêvão nos acréscimos, o que incomodou Abel Ferreira foi o avaliador Raphael Claus. O técnico português reclamou que o juiz ignorou uma invasão de espaço antes de Estêvão fustigar e errar a penalidade no término do clássico, que terminou empatado por 1 a 1.

 

“Não foram só os nossos jogadores que erraram, alguém dentro de campo errou mal-parecido. As imagens podem mostrar com nitidez. As imagens são muito claras para quem tem a obrigação e o obrigação de olhar para as câmeras”, queixou-se o técnico. “Houve invasão da espaço, isso é nítido, e a regra existe para se executar.”

 

A grande produção ofensiva de sua equipe no dérbi agradou Abel, que preferiu ver o copo meio referto. Ele disse ter gostado do desempenho de seu time e não deu destaque à ineficiência do Palmeiras, que abusou dos cruzamentos à espaço, mas não tem um camisa 9 capaz de resolver. “Dinâmica, intensidade, velocidade. Acho que fizemos uma boa partida”, avaliou ele. “Não tivemos dificuldades, eles só nos paravam. Não conseguimos o gol, a globo bateu na trave, perdemos um pênalti.”

Colocar Benedetti, um zagueiro de 1,97 metro nos minutos finais, e tirar Flaco López até do banco de reservas não foi um recado à diretoria de que ele precisa com urgência de um centroavante, segundo disse o treinador. “Quero jogador que façam gols, não importa se é centroavante ou zagueiro.”

Faltou, além de eficiência, sorte, na avaliação do português. “A sorte faz segmento do futebol. Hoje não tivemos essa pontinha de sorte. Essa sorte há de vir”, disse o comandante, segundo o qual o Paulistão continuará sendo usado para “amolar a máquina”, isto é, fazer experiência até que a equipe encontre o melhor caminho.

O paisagem mental, para o técnico, foi determinante para o empate. Depois que Ríos errou na saída de globo e permitiu que o Corinthians empatasse, o rival, antes subjugado, voltou ao jogo e isso abalou o Palmeiras, no pensamento do treinador.

Fascinado por estudar a mente do desportista, Abel citou o Novak Djokovic, tenista sérvio que é o maior vencedor de Grand Slams da história. “O ponto possante de Djokovic é a segmento mental. Não acredito na psicologia de pensar positivo. Às vezes, a tempestade é terrível, mas não se pode chover tanto. Com nossa cabeça acontece igual.”

Para o Palmeiras, o resultado é frustrante, considerando o bom desempenho, e ruim porque o time alviverde se mantém distante do líder de seu grupo, o São Bernardo, que tem 16 pontos. A equipe alviverde, porquê a Ponte Preta, tem 12.

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