RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O julgamento do recurso da 777 Partners no imbróglio da SAF do Vasco, que aconteceria nesta quarta-feira (29), foi delongado a pedido dos novos advogados da holding norte-americana.

 

Os advogados fizeram a solicitação pois querem ter aproximação aos autos, um pouco que ainda não ocorreu. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou e ainda não marcou data para uma novidade audiência. A informação do antecipação foi dada inicialmente pelo “Podcast Cruzmaltino” e confirmada pelo UOL.

A 777 contratou o escritório “Monteiro de Castro Setoguti” depois o “Bermudes Advogados” se desligar do caso. Segundo o “O Orbe”, o motivo da saída de Sérgio Bermudes foi a falta de pagamento dos honorários por segmento da empresa americana que, somados, chegam na moradia de R$ 1,8 milhão.

O novo escritório adotou uma postura de confronto contra o Vasco. Os advogados afirmam que a 777 quer retomar o controle da SAF vascaína e pedirão a impugnação da advogada Ana Tereza Basílio, indicada pelo clube na arbitragem que corre paralelamente na Instauração Getúlio Vargas (FGV).

Eles indagam sobre a “independência e imparcialidade” dela no processo, apontando relação com a Salomão Advogados, escritório de Paulo César Salomão Rebento, vice-presidente do Vasco.

Ana Tereza foi eleita em novembro presidente da OAB do Rio de Janeiro. Paulo Salomão é um dos conselheiros, representando a entidade no Recomendação Federalista. No documento anexado pela 777, são citados ainda atuação conjunta nos processos de recuperação da Americanas e da Oi.

A reportagem procurou o Vasco sobre o ponto. O clube enviou uma breve nota e manifestou “surpresa em relação ao tema, uma vez que se trata de um ponto que está sob sigilo de Justiça”. Ainda em nota, o Cruz-Maltino salientou que “qualquer divulgação ou glosa sobre o processo constitui uma violação das ordens judiciais, configurando desrespeito à própria Justiça”.

O Vasco, internamente, vê o movimento da 777 porquê “segmento do jogo”. O próprio clube já havia feito questionamentos na Galanteio de Arbitragem. Ainda de combinação com apuração, há uma visão de que a arbitragem poderia ter ocorrido de forma mais célere.

VASCO X 777

O Vasco associativo retomou o controle da SAF da 777 Partners em maio do ano pretérito. A liminar foi concedida pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

“(…) DEFIRO a cautelar requerida e SUSPENDO os efeitos do CONTRATO DE INVESTIMENTOS e do ACORDO DE ACIONISTAS, que concedem o atual controle da VASCO DA GAMA SOCIEDADE ANÔNIMA DO FUTEBOL à. Com isso, estão suspensos, também, os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777 CARIOCA LLC e devolvido o controle da companhia ao CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA, afastando-se os conselheiros indicados pela 777 CARIOCA LLC do Recomendação de Governo da SAF (…)”, afirma trecho da decisão.

A liminar ainda afastou todos os integrantes da 777 do Recomendação de Governo da SAF. Antes da decisão, ele era formado por cinco cadeiras da empresa: Josh Wander, Andres Blazquez, Donald Dransfield, Nicolas Maya e Steven Pasko. E duas do associativo: Pedrinho e Paulo César Salomão. O quinteto americano está fora, e o clube agora tem o poder de indicar os substitutos.

O juiz Paulo Assed Estefan classificou as operações da 777 Partners porquê “estranhas”. Cita, por exemplo, um “saque a título de empréstimo” logo depois um dos aportes ao Vasco.

O Vasco teve porquê objetivo prometer que as ações da SAF não fossem penhoradas ou dadas porquê garantia em caso de falência ou insolvência da 777. O clube indicou o cláusula 477 do Código Social.

A ação também citava processos de fraude que a 777 tem respondido no exterior. Houve também uma referência sobre um suposto retiro de Josh Wander e Steve Pasko do Recomendação de Futebol da empresa. Ela apontava também que os 30% comprados pela 777, com os aportes já realizados, estão preservados.

A “A-CAP” – seguradora que tomou o controle da companhia norte-americana – assumiu os ativos da 777. A empresa que era majoritária na SAF do Cruz-Maltino abriu processo de falência.

Por conta de um combinação, a A-CAP é obrigada a avisar ao Vasco sobre qualquer negociação. Outrossim, uma eventual transação precisa ter a concordância do Cruz-maltino, situação que o deixa seguro judicialmente.