O governo de Israel acusou, nesta quinta-feira (30), a Dependência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) de estar infiltrada por membros do Hamas e determinou a desocupação de seus escritórios em Jerusalém. Segundo o porta-voz do governo israelense, David Mencer, a sucursal abriga “centenas de funcionários” ligados ao grupo islâmico palestino, incluindo alguns envolvidos nos ataques de 7 de outubro de 2023.

 

“A UNRWA não é somente uma organização humanitária, está repleta de membros do Hamas. Não são somente os 19 que estão sendo investigados, são mais de 1.200 terroristas infiltrados”, afirmou Mencer durante uma coletiva de prensa. “Isso não é assistência humanitária, é financiamento direto ao terrorismo”, acrescentou.

A decisão de Israel recebeu pedestal dos Estados Unidos. De congraçamento com a embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, a medida foi classificada uma vez que “soberana”, e Washington reforçou que a UNRWA “nunca foi a única opção para assistência humanitária”.

A crise envolvendo a sucursal da ONU se intensificou em seguida Israel acusar funcionários da UNRWA de envolvimento nos ataques conduzidos pelo Hamas no sul do país, que resultaram na morte de tapume de 1.200 pessoas e na tomada de 250 reféns. Em seguida essas acusações, países uma vez que Estados Unidos, Alemanha, Reino Uno e Japão suspenderam temporariamente suas doações à sucursal, impactando diretamente suas operações na Filete de Gaza.

O gerente da UNRWA, Philippe Lazzarini, alertou para as consequências dessa ofensiva contra a sucursal, afirmando que “o ataque implacável à UNRWA coloca em risco a vida e o horizonte dos palestinos em todo o território ocupado”. A ONU e diversos países membros também enfatizaram que não há escolha imediata para substituir os serviços prestados pela sucursal, que assiste aproximadamente 5,9 milhões de palestinos.

A medida de Israel contra a UNRWA ocorre em meio às negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas. Um congraçamento temporário, iniciado em 19 de janeiro, prevê a libertação de 33 reféns israelenses em troca da soltura de centenas de prisioneiros palestinos, além da ampliação da ingresso de ajuda humanitária na Filete de Gaza.

A guerra, que já dura mais de 15 meses, resultou em um número ressaltado de vítimas. Segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, os bombardeios israelenses já causaram tapume de 47 milénio mortes, a maioria civis.

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