SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O representante de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, deu 48 horas a partir desta terça-feira (28) para que a UNRWA (Filial das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente) para refugiados palestinos em território israelense, encerre suas atividades no país.

 

Prazo para fechar e base americano. A enunciação foi dada por Danon em entrevista coletiva antes de uma reunião do Recomendação de Segurança para tratar sobre a filial. Dorothy Shae, embaixadora interina dos EUA na ONU, afirmou que os americanos apoiam a decisão dos israelenses.

Entidade se prepara para mudança. Segundo a Reuters, funcionários da UNRWA no bairro de Sheikh Jarrah, na Jerusalém Ocidental – território ocupado por Israel desde 1969 – estavam empacotando caixas e as carregando em caminhões nesta segunda-feira (27).

“As pessoas que atendemos… não podemos manifestar a elas o que acontecerá com nossos serviços a partir do final desta semana”, disse Jonathan Fowler, porta-voz da filial.

Lei contra entidade foi aprovada ano pretérito. Em outubro de 2024, o parlamento israelense aprovou, por 92 a 10, um projeto de lei que impedia as atividades da UNRWA no país. Na ocasião, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a organização deveria ser responsabilizada pelo que chamou de “atividades terroristas” em Israel.

Acusações de preconceito anti-Israel. A região asiática acusa regulamente a organização de envolvimento com o Hamas. O país pede que que as responsabilidades da UNRWA sejam assumidas por outros órgãos da ONU, porquê sua principal filial de refugiados.

ONU nega as acusações. As Nações Unidas também afirmam que a experiência da UNRWA é insubstituível, principalmente em Gaza. A organização também opera na Cisjordânia ocupada, mas não ficou evidente porquê a lei afetará o trabalho da organização nestes locais.

Registros de funcionários envolvidos no ataque de outubro de 2023. Uma investigação da ONU concluiu que nove funcionários da URNWA podem ter se envolvido no ataque do Hamas. A filial os demitiu e disse que Israel não forneceu evidências de um envolvimento mais espaçoso de sua equipe. A filial emprega muro de 30.000 pessoas na região e aproximadamente 13.000 na Tira de Gaza.