Mary Anne MacLeod, mãe de Donald Trump, desembarcou em Novidade York em 11 de maio de 1930 com unicamente 50 dólares no bolso (tapume de 300 reais), deixando sua terreno natal, a Escócia, em procura de uma vida melhor. Ela chegou aos Estados Unidos legalmente, a bordo do navio Transilvania, e sua história, recentemente reexaminada pela BBC News, lança luz sobre a veras de sua imigração.

 

Embora Trump tenha afirmado repetidamente que sua mãe viajou inicialmente uma vez que turista e não com a intenção de residir nos EUA, documentos alfandegários digitalizados pela Instauração Estátua da Liberdade revelam outra veras. Esses registros mostram que Mary pretendia se estabelecer no país e buscar a cidadania americana.

Segundo o historiador Michael D’Antonio, responsável de Never Enough: Donald Trump and the Pursuit of Success, Mary tinha condições financeiras para viajar em segunda classe, compartilhando uma cabine com outra passageira, o que indicava que sua situação não era de extrema precariedade.

“Ela não era pobre, mas veio uma vez que imigrante, claramente buscando uma vida melhor”, explicou D’Antonio.

Em seguida sua chegada, Mary foi acolhida por suas irmãs Christina, Mary Joan e Catherine, que já viviam nos Estados Unidos. No registro alfandegário, ela foi descrita uma vez que “doméstica”, profissão generalidade entre mulheres imigrantes da estação.

Em 1934, Mary voltou temporariamente à Escócia, retornando aos EUA em setembro do mesmo ano, novamente com 50 dólares no bolso, dessa vez a bordo do navio Cameronia. Em 1942, ela tornou-se oficialmente cidadã americana.

A trajetória de Mary reflete a força e cobiça que marcaram sua vida. “Era muito espirituosa, inteligente e ambiciosa”, disse D’Antonio. No entanto, uma vez que mulher de sua estação, não teve as mesmas oportunidades para expressar sua cobiça profissionalmente, uma vez que destacou o historiador Gwenda Blair, autora de The Trumps: Three Generations of Builders and a Presidential Candidate.

Mary casou-se com Fred Trump, um construtor bem-sucedido de Novidade York e fruto de imigrantes alemães. Enquanto ele se destacava no setor imobiliário, Mary encontrou na humanitarismo uma maneira de deixar sua marca. Ela apoiou hospitais, os escoteiros e o Tropa da Salvação, tornando-se uma figura reconhecida por seu trabalho filantrópico.

Em seguida sua morte, em agosto de 2000, aos 88 anos, o The New York Times publicou um obituário que a descrevia uma vez que “filantropa”.

Uma figura marcante na vida de Trump
Em sua autobiografia A Arte da Negociação, Donald Trump descreveu Mary uma vez que uma “dona de lar tradicional, mas plenamente consciente do mundo além dela”. Para ele, sua mãe desempenhou um papel fundamental em sua formação e era uma mulher cuja lucidez e lei eram evidentes.

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