BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (22) que tem a sensação de que será recluso por razão dos inquéritos que investigam o golpe de Estado, a fraude em seu cartão de vacinação e também as joias presenteadas pela Arábia Saudita.

 

O mandatário afirmou que acorda todos os dias com a sensação de que será intuito de uma operação da Polícia Federalista -corporação que ele disse que “tem lado” e que é “persecutória”.

“Eu harmonia todo dia com a sensação da PF na porta. Qual a delação? Não interessa”, afirmou o ex-presidente.

As declarações foram dadas ao meato AuriVerde Brasil. Essa é a segunda vez somente nesta semana que Bolsonaro aparece no meato, onde é pouco questionado sobre temas polêmicos e tem a liberdade para transmitir seus recados.

Enunciado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado no ano pretérito pela Polícia Federalista em três inquéritos: sobre as joias, a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19 e, mais recentemente, a tentativa de golpe de Estado.

“Vão me prender por quê? A questão de joias está aí. Está aí o TCU [Tribunal de Contas da União] dizendo que o relógio do Lula é dele, dizendo que o Congresso realmente tem que fazer uma lei para disciplinar a questão de brindes. Todos os presentes que eu recebi eu devolvi”, afirmou o ex-presidente.
Durante a participação no meato, ele lamentou não poder ter viajado aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump. O seu pedido de reaver seu passaporte foi recusado na semana passada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federalista) Alexandre de Moraes.

Bolsonaro portanto disse que não pretende fugir do país e que já teria feito, se essa fosse a sua vontade.

“Nunca pensei em trespassar em forma definitiva. Poderia ter saído lá trás e fiquei. Eu quero é permanecer cá para lutar com meu país”, afirmou.

Em outro momento, Bolsonaro falou sobre as eleições de 2026 e criticou a possibilidade de uma “terceira via” ou de “direita limpinha”

O ex-presidente ainda elogiou a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde. E portanto criticou a entidade por sua atuação durante a pandemia da Covid-19.

Nesse momento, Bolsonaro leu um relatório elaborado por percentagem do Congresso americano, na qual retomou as suas falas negacionistas, uma vez que críticas às vacinas e ao uso de máscaras de proteção.