O governo de Javier Milei, na Argentina, começou a implementar, na sexta-feira, medidas para facilitar o uso de moedas estrangeiras no dia a dia. Entre elas, está a possibilidade de as etiquetas exibirem os preços dos produtos em pesos e em moedas estrangeiras e de os consumidores realizarem o pagamento em dólar com cartão de débito.
O ministro da Economia, Luis Caputo, adiantou na sua conta da rede X, na quinta-feira, que “os preços de bens e serviços poderão ser mostrados em dólares americanos ou em outra moeda estrangeira, além de figurar em pesos, indicando o valor totalidade e final que o consumidor deve remunerar”.
Milei, que assumiu o poder no final de 2023, havia anunciado recentemente para 2025 a adoção do câmbio livre – que vinha prometendo havia meses – e o termo do chamado “toro cambial”, as restrições para a compra de dólares, lema com a qual a população historicamente protege suas economias das recorrentes desvalorizações e dos cenários de instabilidade financeira.
As novas normas, opcionais para os comerciantes, substituem uma solução em vigor desde 2002 que só permitia a exibição de preços em moeda americana em lojas com menor relevância visual.
A regra não estabelece qual taxa de câmbio deve ser aplicada nas transações. Na Argentina há diversas cotações do dólar. No mercado solene, a moeda era negociada na sexta-feira a 1.063 pesos. No mercado paralelo, era negociada a 1.235 pesos.
ECONOMIA BIMONETÁRIA. O Banco Medial prateado anunciou a autorização de pagamentos em dólares com cartões de débito a partir de 28 de fevereiro, o que aos olhos dos analistas visa promover uma economia “bimonetária” e impulsionar o consumo. Segundo o órgão, pagamentos poderão ser feitos com cartões vinculados a contas em dólares e não envolverão operação de câmbio porque o preço do resultado ou serviço será estabelecido nessa moeda. Custos porquê tarifas e comissões serão os mesmos das operações em pesos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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