O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), mandou a Polícia Federalista ouvir o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, no interrogatório do golpe. O testemunho é para verificar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que foram proibidos de manter contato para não obstruir a investigação, conversaram recentemente.

 

Em entrevista à Jovem Pan, na última segunda-feira, 13, o governador afirmou que os dois – Bolsonaro e Valdemar – “conversam muito”.

“Nosso presidente Valdemar conversa muito com o presidente Bolsonaro, que é o presidente de honra né? Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala, né? Para se ajudar ainda mais”, declarou Jorginho Mello.

Moraes deu 15 dias para a PF tomar o testemunho. Em seu despacho, afirmou que as declarações indicam “verosímil violação às medidas cautelares”.

“Dessa maneira, para que os fatos sejam apurados, determino que a Polícia Federalista proceda a oitiva do Governador do Estado de Santa Catarina”, escreveu o ministro.

Bolsonaro e Valdemar estão entre os 40 indiciados no interrogatório do golpe. Eles estão proibidos de manter contato desde fevereiro por ano pretérito, por norma de Moraes. Os dois negam as acusações.