A próxima segunda-feira será decisiva para o horizonte político do Corinthians. O Parecer Deliberativo do clube se reunirá no Parque São Jorge para votar o provável impeachment do presidente Augusto Melo. Diante do momento tenso, o mandatário mostrou tranquilidade, chamando o pedido de impeachment de “golpe” e disse estar otimista para continuar o procuração.

 

“Os nossos conselheiros hoje são pessoas qualificadas, que conhecem as coisas e entendem do Corinthians. Eles não vão desabar nesse golpe. Tenho fé de que estarei cá na terça-feira. Deus me colocou cá e só Deus me tira. Se Ele me colocou cá é porque tem um propósito”, disse Augusto Melo, em entrevista ao via “Identidade Corinthiana”.

O dirigente defendeu o seu procuração no clube de Parque São Jorge. Ele assumiu a função no início de 2024. Para Augusto Melo, a oposição tenta tumultuar o envolvente político do Corinthians.

“O Corinthians está sendo melhorado em tudo, vai voltar a ser protagonista, mas eles (oposição) não querem deixar a gente trabalhar. Não vou ceder nunca o meu função. A princípio, me sufocaram financeiramente com toda aquela coisa orquestrada de empresário, justiça e bloqueio. Com tudo isso, estamos honrando nossos compromissos. De que forma? Buscando receitas fora e dando credibilidade para o clube”, defendeu-se.

Esta é a terceira data marcada para a discussão do pedido de impeachment. Inicialmente, a votação foi agendada para o dia 28 de novembro, mas precisou ser adiada posteriormente as autoridades apontarem falta de segurança. Membros da Gaviões da Leal, maior organizada do Corinthians, compareceram à porta do clube para provar base a Augusto Melo. Sob os gritos de “não vai ter golpe”, eles criticaram o processo de destituição do atual mandatário. A Polícia Militar montou um gabinete de crise para prometer a segurança no sítio.

Posteriormente, a votação aconteceria no dia 2 de dezembro, mas a desembargadora Clara Maria Araújo Xavier concedeu a liminar ao presidente corintiano, que apresentou o documento no sítio da reunião quando os conselheiros já estavam presentes para votar a destituição. A liminar foi derrubada em 12 de dezembro pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O procuração de Augusto Melo, caso não ocorra o impeachment, irá até dezembro de 2026.