(UOL/FOLHAPRESS) – A lesão sofrida por Gabriel Medina no tendão do musculo peitoral durante treinamento em Maresias não é generalidade entre surfistas. O tipo de incidente acontece com frequência entre praticantes assíduos de musculação, porquê os bodybuilders, e lutadores de artes marciais.
Essa é uma lesão que não é tão frequente no surfe, apesar de existirem alguns relatos. O problema é mais generalidade em praticantes de musculação, principalmente durante exercícios de supino com peso proeminente, mas é bastante frequente também em lutadores. A gente vê muito em praticantes de artes marciais, porquê o jiu-jitsu e o MMA Rickson Moraes, médico ortopedista especializado em cirurgia do Ombro e Cotovelo do INTO (Instituto Vernáculo de Traumatologia e Ortopedia), no Rio.
De conformidade com o médico, que também é integrante da Percentagem Científica da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Medicina do Esporte (SBRATE), Gabriel Medina acabou sofrendo a lesão ao tentar evitar a queda abrupta com a mão. O movimento contrário da chuva acabou rompendo o tendão do surfista.
“Na hora que a mão dele entrou em contato com a chuva, ele fez um movimento com o braço bastante poderoso para tentar segurar. Com isso, o Gabriel acaba contraindo o músculo peitoral para tentar segurar o braço, que foi levado em velocidade para outro lado, forçando o peitoral a se contrair”, esclareceu Rickson Moraes.
“É porquê se fosse um mecanismo de freio, de tentar brecar o movimento. E, dependendo da velocidade, a pujança é muito grande e o músculo não aguenta e arrebenta. Logo, ele pode soltar o músculo e o tendão lá do osso”, acrescentou Moraes.
Para atletas de elevado rendimento, a cirurgia é inevitável nestes casos, justamente para a recuperação totalidade da força no membro lesionado. Gabriel Medina já foi submetido ao procedimento no Hospital Albert Einstein.
O médico ortopedista Breno Schor, integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), foi o responsável pela operação.
A cirurgia foi bem-sucedida e conseguimos reconstruir o tendão da forma adequada. Pretérito o período inicial de recuperação, Gabriel começará sessões intensivas de fisioterapia e deverá estar capaz a voltar aos treinos entre quatro e seis meses e às competições entre seis e oito meses Breno Schor, ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC).
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