SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Agentes da Resguardo Social de São Paulo e do Corpo de Bombeiros, com a ajuda de voluntários, resgataram neste sábado (11) um cavalo que estava em cima de uma laje em Peruíbe, cidade do litoral paulista atingida por fortes chuvas nos últimos dias.

 

De congraçamento com o órgão estadual, a responsável pelo bicho disse que, com pavor das águas que inundaram sua vivenda e o terreno, resolveu colocar o cavalo na laje, por meio da escada de cimento que fica na lateral, na tentativa de protegê-lo.

Porém, neste sábado, com a vazão das águas, o cavalo não conseguia descer. O bicho teve se ser atado com uma cinto e a descida até o solo foi feita com o uso de um guincho dos bombeiros. O bicho não se feriu.

Em 9 de maio do ano pretérito, um cavalo, que acabou ganhando o nome de Caramelo, foi resgatado depois permanecer quatro dias ilhado em cima de uma vivenda no bairro Mathias Velho, em Canoas (RS), onde mais de 150 milénio pessoas precisaram deixar suas residências devido às enchentes. O resgate foi feito por bombeiros de São Paulo.

Ele foi levado até o campus da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), na própria cidade gaúcha, e recebeu cuidados de uma equipe voluntária que atendeu mais de 50 cavalos e outros animais durante a enchente.

O bicho, que se tornou símbolo das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no ano pretérito, acabou adotado oficialmente pela instituição de ensino.
Em Peruíbe, mesmo sem chover há quase dois dias, na manhã deste sábado ainda havia 465 pessoas em três abrigos montados em escolas.

A cidade estava em estado de emergência, porém as águas estão baixando.
Dos 14 bairros de Peruíbe, 9 acabaram afetados pelas inundações, que deixaram a cidade debaixo d’chuva. Os mais afetados foram Caraminguava, Ribamar, Caraguava e Jardim das Flores, segundo a Resguardo Social.

Várias pessoas ficaram ilhadas e tiveram de ser resgatadas por 30 equipes da Resguardo Social, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar Ambiental, que usaram nove barcos para retirar as famílias. O resgate envolveu, principalmente, idosos, crianças e animais domésticos.

Agentes da Resguardo Social passaram o sábado percorrendo as ruas ainda alagadas para levar mantimentos e chuva para as famílias que não quiserem ir para abrigos emergenciais.

A Polícia Militar Ambiental reforçou o patrulhamento para prevenir e impedir furtos e saques nas áreas afetadas pelas inundações.
Voluntários também levaram rações para animais que ficaram nas casas de seus tutores.

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