SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O funeral do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, nesta quinta-feira (9), promoveu na Catedral de Washington uma rara reunião dos cinco líderes que ocuparam o função no país: Joe Biden, Donald Trump, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.
O democrata, vencedor do Nobel da Tranquilidade, morreu no último 29 de dezembro em sua vivenda, em Plains, no estado da Geórgia. Suas últimas aparições públicas haviam sido no funeral da esposa em novembro de 2023, e ao votar em Kamala Harris, em outubro do ano pretérito.
Nesta quinta, durante o funeral, Obama -que foi sozinho, sem a esposa, Michelle- e Trump se sentaram lado a lado e conversaram antes do início da cerimônia. O republicano ainda teve o primeiro encontro em quatro anos com seu ex-vice, Mike Pence, que disputou a candidatura com Trump e se recusou a apoiá-lo no último pleito.
Também estavam presentes o atual presidente, Joe Biden, e a primeira senhora, Jill Biden, sentados ao lado da atual vice, Kamala Harris, e seu marido, Doug Emhoff; os casais Bush e Clinton também marcaram presença na cerimônia.
Sua Presidência, de 1977 a 1981, não foi exatamente o que lhe rendeu apreço e reconhecimento públicos. Depois um período de retiro ao término de seu procuração, o ex-presidente teve vitória em inúmeras negociações de sossego e garantia de direitos humanos pelo mundo.
Biden discursou no funeral e exaltou o caráter e a personalidade de Carter, com quem manteve uma relação de amizade e escora político desde seu primeiro procuração uma vez que senador, em 1973, aos 31 anos. Segundo ele, o ex-presidente “tornou reais os ideais de seu Salvador”. Amar o próximo uma vez que a si mesmo é “fácil de manifestar, mas muito, muito difícil de fazer”, disse. Mas, segundo Biden, Carter o fez.
A geração do Carter Center, instituição sem fins lucrativos, consolidou a luta do ex-presidente e sua esposa, Rosalynn, para o progressão da democracia, solução de conflitos e prevenção de doenças pelo mundo. O presidente da instauração, Jason Carter, neto do ex-presidente, falou durante a cerimônia.
“Ele erradicou uma doença com paixão e saudação. Ele fez a sossego com paixão e saudação. Ele liderou esta pátria com paixão e saudação. Para mim, esta vida foi uma história de paixão desde o momento em que ele acordou até deitar a cabeça.”
Durante o ato, também discursaram James e Josh Carter, outros dois netos do ex-líder, além de Steven Ford e Ted Mondale, filhos respectivamente do ex-presidente Gerald Ford -morto em 2006-, e do vice de Carter, Walter Mondale, morto em 2021. Ambos leram textos deixados por seus pais, com quem Carter teve importantes relações políticas, que destacaram sua humildade, capacidade de negociação e liderança.
Sua atuação na garantia de sossego e dos direitos humanos em inúmeros conflitos internacionais foi o que lhe rendeu o Nobel da Tranquilidade em 2002. Ao receber o prêmio, disse: “Os vínculos da nossa humanidade geral são maiores do que as divisões de nossos medos e preconceitos. Deus nos deu a capacidade de escolher. Nós podemos escolher por serenar o sofrimento. Nós podemos escolher por trabalhar juntos pela sossego. Nós podemos fazer essas mudanças -e devemos”.
Carter é visto uma vez que um dos ex-presidentes americanos mais fanático à sua fé religiosa. Ele costumava lecionar na escola dominical da Igreja Batista Maranatha, em sua cidade natal, Plains, até os 90 anos. O ex-presidente será levado para lá por um avião da Presidência dos EUA, onde ocorrerá a última despedida da população da cidade -que tem em torno de 500 habitantes. O caixão deve ser enterrado ao lado de onde Rosalynn foi sepultada, na espaço externa da vivenda em que viveram.