LARA PAIVA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A resguardo do músico e compositor Toninho Geraes, que acusa a britânica Adele de plágio pela música “Million Years Ago”, protocolou uma queixa-crime nesta segunda-feira (30) pedindo um sindicância policial para apurar uma verosímil falsificação em documentos apresentados pela cantora, seu produtor, Greg Kurstin, e seus representantes legais.
A adulteração teria ocorrido na procuração de Adele, documento necessário para estabelecer a representação lítico da cantora na Justiça.
Em uma audiência para promover a concilição entre os artistas, em dezembro do ano pretérito, a cantora e o produtor da tira apontaram uma representação lítico, mas a defensora não tinha procuração na ocasião e foi apresentada posteriormente.
Se uma perícia provar o documento porquê falso, os réus podem ser acusados de crimes porquê falsidade documental e ideológica, uso de documento falso e fraude processual.
Procurada, a Sony Music, uma das gravadoras que representa Adele no Brasil, não se manifestou sobre o novo capítulo do caso. A reportagem tentou também contato com a artista, o produtor e a Universal, mas sem retorno até a publicação deste texto.
Em dezembro, a resguardo não apresentou uma proposta de negócio na audiência. Adele não admitiu o suposto plágio e não reconheceria a coautoria de Geraes, que a processou em fevereiro pelas semelhanças entre o hit “Million Years Ago” e “Mulheres”, popularizada na voz de Martinho da Vila.
A procuração, apresentada ao final da audiência, havia indícios de adulteração, segundo a queixa-crime dos advogados de Geraes. O documento alega que ela teria sido rasurada à mão, não possuir tradução juramentada e misturar termos em inglês e português.
Aliás, o documento aponta o lugar de assinatura porquê falso, pois constaria porquê São Paulo, enquanto a cantora nunca teria vindo ao Brasil. O jurisconsulto também argumenta que a assinatura da cantora na procuração é dissemelhante de referências disponíveis pela internet.
Ainda em dezembro, a Justiça do Rio de Janeiro havia determinado que a música “Million Years Ago” não poderia mais ser reproduzida e comercializada, tanto no Brasil quanto no exterior, sem a autorização do compositor, sob pena de R$ 50 milénio. A gravadora entrou com um recurso e a melodia segue disponível nas plataformas de streaming.