SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um tribunal da Coreia do Sul emitiu nesta terça-feira (31), noite de segunda no Brasil, um mandado de prisão contra o presidente remoto Yoon Suk Yeol, que sofreu impeachment há pouco mais de duas semanas por uma tentativa de autogolpe.

 

Em seguida o pregão da Justiça, o líder interino do governista Partido do Poder do Povo (PPP) afirmou que é inapropriado tentar prender um presidente em tirocínio.

O mandado vem um dia depois investigadores pedirem a prisão de Yoon. Ele se recusa a prestar testemunho e não respondeu a uma série de intimações da polícia e do Gabinete de Investigação de Devassidão, que apuram em conjunto se a tentativa de enunciação da lei marcial em 3 de dezembro, que suspendeu direitos políticos no país, equivale ao violação de insurreição.

Investigadores dizem que Yoon liderou uma insurreição e abusou de seu poder no momento em que declarou a lei marcial e ordenou que tropas entrassem na Parlamento Vernáculo para impedir que os parlamentares votassem contra o decreto.

Ele nega as acusações sob o argumento de que a medida foi um “ato de governança” para alertar o partido de oposição contra um suposto doesto no Poder Legislativo Yoon foi suspenso dos poderes presidenciais depois suportar um impeachment no início deste mês por sua decisão de impor a lei marcial, rejeitada pelo Parlamento e retirada de taxa pelo presidente algumas horas depois. A tentativa de autogolpe sofreu possante resistência de parlamentares e da população, que foi às ruas em protesto.

Um julgamento do Tribunal Constitucional está em curso para determinar se Yoon retoma o incumbência ou se é removido permanentemente. A galanteio tem 180 dias para chegar a uma decisão.

A crise política sul-coreana se aprofundou na sexta com o impeachment de Han Duck-soo, premiê que ocupava a chefia do Executivo de forma interina, unicamente duas semanas depois a destituição de Yoon.

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