Às véspera da eleição para o próximo mandatário da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o presidente Ednaldo Rodrigues demitiu o diretor de notícia da entidade, Rodrigo Paiva, por justa desculpa.
Paiva é companheiro do ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que já anunciou o seu libido de concorrer à presidência. Pelo regimento, Rodrigues tem até abril do ano que vem para convocar a eleição.
Rodrigues ficou bastante incomodado pelo traje de Paiva estar acompanhando Ronaldo em alguns compromissos, tal qual objetivo do ex-jogador é o de anunciar seu interesse na presidência da CBF.
Rodrigo Paiva é destituído por Edinaldo Rodrigues às véspera do período eleitoral na CBF Eduardo Knapp – 30.jun.2014 Folhapress Um varão está falando em um microfone em uma coletiva de prelo, com um fundo que exibe o escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele usa um paletó escuro e uma camisa clara. Ao fundo, há um varão em pé, aparentemente assistindo à coletiva. ** A pingo d’chuva foi a presença de Paiva ao lado de Ronaldo em um almoço com a cúpula da Mundo, conforme revelou o jornalista Juca Kfouri.
Paiva estava de férias até o dia 8 de janeiro, mas já foi expedido do seu desligamento por Rodrigues na quarta-feira (18). O presidente teria utilizado a justificativa de que Paiva cometeu assédio sexual contra uma funcionária da CBF.
Paiva nega que tenha cometido qualquer tipo de assédio.
“Desde que Ronaldo Nazário –com quem tenho uma linda história de amizade e conquistas– lançou oficialmente sua candidatura à presidência da CBF, venho sofrendo uma série de tentativas frustradas de ataques sistemáticos que visam manchar a minha reputação uma vez que varão e uma vez que profissional”, afirmou Paiva, através de nota enviada à reportagem.
Procurada, a assessoria de prelo da CBF diz que não comenta decisões administrativas.
Em agosto deste ano, o juiz Leonardo Almeida Cavalcanti, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, condenou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a indenizar em R$ 60 milénio a ex-diretora Luísa Xavier Rosa, que acusa a entidade de assédio moral e sexual.
O processo tramita em sigilo.
Na ação, ela diz que assediar pessoas, independentemente da natureza do assédio, seria uma regra universal de conduta da CBF comandada por Ednaldo Rodrigues.)
A ex-diretora afirma ainda que o assédio era de conhecimento e praticado por diversos integrantes da cúpula da entidade.
Rosa foi a primeira diretora mulher da história da entidade. Ela foi anunciada para o missão com pompa pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em abril de 2022, uma vez que prova de seu compromisso com a inconstância.
Responsável por supervisionar as obras físicas da sede e de instalações externas, ela ficou na função por exclusivamente 15 meses.
No processo, diz ter sido desautorizada pelo presidente da CBF na contratação de empresas para obras e afirma que teve seus poderes esvaziados, o que a levou a um quadro de depressão.
Também relata episódios de assédio sexual e afirma que ouvia comentários misóginos e inconvenientes, uma vez que a contratação de prostitutas para servir os convidados da CBF em eventos–mas sem nomear os autores de tais comentários.
Rosa citou nominalmente nos autos Rodrigo Paiva, diretor de Informação, que a convidava para encontros não profissionais em bares e cafés no Leblon. Ele também se referia a ela uma vez que “querubim” e “linda”.
Nos autos, ela escreveu que tinha Paiva uma vez que companheiro, “mas não notou , à quadra, que a relação com ele não passava de mais um incidente de assédio”.
A reportagem não conseguiu contato com Rosa.
Galeria Isto é Ednaldo Rodrigues Veja fotos do presidente da CBF https://retrato.folha.uol.com.br/galerias/1713018071887353-isto-e-ednaldo-rodrigues * Em nota, Paiva afirmou, ainda, que em nenhum momento foi intimado pela Justiça e que não faz segmento da ação movida por Rosa.
“Especificamente quanto à ação da ex-diretora Luisa Xavier contra a CBF, gostaria de esclarecer que não tenho lugar de fala sobre o tema em questão, uma vez que não sou e não fui segmento do processo em si, ou em qualquer outro dessa natureza”, diz a nota.
“Nunca em toda a minha vida fui claro de investigação de qualquer espécie e muito menos réu ou réprobo em qualquer processo de qualquer natureza”, prosseguiu Paiva.