SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Andressa Urach, 37, se manifestou pela primeira vez depois ser branco de investigação pela Polícia Social de São Paulo por apologia à zoofilia e por maus-tratos aos animais.

 

Urach rebateu ofício apresentado por deputados federais para que ela seja investigada pelas supostas práticas delituosas. Em seu perfil no Instagram, a protótipo negou que tenha defendido a zoofilia e destacou que esse foi um incidente de sua vida do qual ela foi vítima na mocidade e que se envergonha.

“Querem me emudecer por passar uma informação de um tanto que fui vítima aos 11 anos de idade, um tanto que pode suceder com muitas crianças quando o pai deixa o rebento ir à vivenda do vizinho, que foi o que aconteceu comigo. Meus pais não imaginavam o risco que eu corria”, disse Andressa Urach.

Protótipo destacou que relatar a violência sofrida não é sinônimo de tutelar ou fazer apologia. “Que eu sou doidinha e que senhor Jesus declaradamente todo mundo sabe. Por paixão a Jesus, já fui internada até em hospital psiquiátrico. Agora, veio um processo de uns deputados que querem me colocar na cárcere por justificação de um tanto que falei há muito tempo detrás no meu livro. Não tenho orgulho do que aconteceu, sou uma cidadã e mereço reverência porque tenho liberdade de sentença”.

O questionário foi destapado no final de setembro pelo mandatário Rodrigo Castro Salso da Costa, do 15º Província Policial (Itaim Bibi). A ação foi iniciada depois ofício enviado ao Ministério Público pelos deputados federais Bruno Lima (PP-SP), Matheus Laiola (União-PR), Fred Costa (PRD-MG) e Marcelo Queiroz (PP-RJ).

No ofício, os deputados citam terem tomado conhecimento na rede social do apresentador Luiz Bacci de uma entrevista dada pela protótipo no meio “Téte a Theo”, do YouTube, na qual ela relatou ter feito sexo com cachorro. Segundo a protótipo contou, ela tinha 11 anos na estação, foi dormir na vivenda de uma vizinha da mesma idade, e essa vizinha teria posto o bicho para fazer vocal nela. “Virou um hábito. Eu comprei um cachorro para isso”, afirmou na entrevista.

“Provavelmente, alguém fazia isso com ela. É um ciclo, provavelmente, ela foi tão vítima quanto eu”, disse a produtora de teor adulto na entrevista feita há três anos. Ela também relatou o ocorrido em sua autobiografia.

Os deputados citam no documento o que chamam de tom “procedente” da protótipo. “Merece relevo o indumento de que, ao descrever publicamente esse incidente, em tom que pode ser interpretado uma vez que procedente ou plausível, a sra Andressa Urach pode estar promovendo apologia da prática criminosa, incitando outros a cometerem atos semelhantes”, afirmaram os deputados no documento.

O item 287 do Código Penal estabelece pena de três a seis meses de detenção ou multa a quem faz apologia de indumento criminoso. O violação de maus-tratos de animais é descrito no item 32 da Lei 9.605, de 1998, (crimes ambientais), com pena de três meses a um ano de detenção e multa.

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