Israel ameaça Líbano se cessar-fogo com Hezbollah colapsar

(FOLHAPRESS) – O governo de Israel ameaçou o Líbano caso a trégua estabelecida na semana passada com o grupo extremista Hezbollah fracasse. O convénio está sob poderoso pressão, com os dois lados trocando queimada ao longo da segunda (2).

 

“Se o cessar-fogo colapsar, não haverá mais isenção para o Estado do Líbano. Nós vamos fazer executar o convénio com o supremo impacto e tolerância zero. Se até agora nós diferenciamos o Líbano do Hezbollah, isso não será mais o caso”, afirmou o ministro Israel Katz (Resguardo).

Ele falou durante uma visitante à fronteira setentrião do seu país com o Líbano, nesta terça (3). Ele disse que o governo em Beirute precisa “autorizar o Tropa libanês a fazer sua secção, manter o Hezbollah longe do Litani e desmantelar sua infraestrutura”.

Litani é o rio que marca a fronteira setentrião da zona de exclusão combinada entre Israel, Hezbollah e o Líbano sob os auspícios dos EUA há uma semana. Pelo convénio, em até dois meses os extremistas terão de transpor da região compreendida entre o corpo d’chuva e a fronteira israelense, murado de 30 km ao sul.

O Tropa libanês já disse que ocupará a região com 6.000 soldados, enquanto Israel retira suas forças, que invadiram no primícias de outubro. Tal conspiração já foi tentado duas vezes no pretérito, sem sucesso, e a tentativa atual já dá sinais de precariedade.

Secção disso decorre da leitura israelense do cessar-fogo, o qual suas Forças Armadas dizem que vão implementar à projéctil, uma incongruência em termos. Na visão de Tel Aviv, o Hezbollah tem tentado manter sua infraestrutura no sul libanês.

Assim, Israel seguiu com suas operações militares na região, com bombardeios pontuais de posições do grupo rival. Na segunda, isso evoluiu para o primeiro ataque retaliatório do Hezbollah contra território israelense desde a trégua, que foi respondido com ataques aéreos que haviam sido suspensos contra o Líbano.

A ameaço de Katz a Beirute pode ser unicamente retórica, mas é uma mudança de tom em público. Até cá, Tel Aviv sempre separou o governo libanês do Hezbollah, que também é um partido político no país vizinho.

Em privativo depois da guerra encerrada com um empate com Israel em 2006, o grupo cresceu muito sua musculatura militar, ultrapassando em capacidades o Tropa libanês. Sua influência política, derivada do suporte direto de Teerã, também aumentou na mesma proporção.

Nos bastidores, segundo relatos, a negociação com os EUA para o cessar-fogo incluiu demandas israelenses que minavam a soberania libanesa, uma vez que liberdade de atuação em seu espaço leviano. Mas ameaço militar direta é novidade.

Apesar da escalada, o cessar-fogo interessa a ambos os lados. As forças de Israel, uma vez que admitiu o premiê Binyamin Netanyahu, estão exaustas em seguida mais de um ano de guerra em várias frentes, disparada pelo ataque terrorista do Hamas palestino em 7 de outubro de 2023.

Já o Hezbollah, que era o mais formidável instrumento da política iraniana de fomentar grupos regionais, uma vez que o coligado Hamas, contra Israel e os EUA, está alquebrado. Quase todas as suas lideranças foram mortas, inclusive o director Hassan Nasrallah, e Tel Aviv estima ter anulado murado de 80% de seu temido arsenal de mísseis e foguetes.

Assim, um tempo para respirar parece importante aos extremistas islâmicos também. Cabe lembrar que os dois lados mantiveram um nível de atrito comedido até o termo de setembro, sem escalar para a guerra que se viu desde logo, e têm contas a prestar para suas audiências domésticas.

Em campo, houve ao menos um ataque israelense com drones relatado perto de Nabatieh, sul libanês, que segundo a mídia sítio deixou dois feridos.