Dólar recua com alívio no exterior, após recorde a R$ 6,06 por descrença fiscal

O mercado de câmbio acompanha a queda externa do dólar nesta terça-feira, 3, em meio subida de petróleo e minério de ferro, depois promessas do banco médio da China (PBoC) de implementar políticas de base à economia em 2025. O contraponto é o progressão dos retornos dos Treasuries longos.

 

O dólar tem uma trégua diante de o real, depois quatro dias seguidos renovando recordes históricos até os R$ 6,06 ontem em meio à descrença fiscal interna e cautela sobre tarifas comerciais no horizonte governo Trump nos EUA.

O governo brasiliano publicou no Quotidiano Solene o texto da PEC, que contém secção das medidas do pacote fiscal. Houve alterações no abono salarial e no Fundeb. O presidente Lula espera concordar as medidas ainda leste ano. Já em tramitação no Congresso estão um projeto que define novos gatilhos fiscais e autoriza bloqueios orçamentários, e outro que limita o aumento real do salário mínimo a 2,5% ao ano.

O secretário-executivo do Ministério da Quinta, Dario Durigan, tem reunião com as vice lideranças do governo na Câmara. Ele disse ontem que as medidas apresentadas pelo governo para a revisão de gastos não vão solucionar o problema em definitivo, mas trarão qualquer refrigério até 2026.

Os investidores olham a subida de 0,9% do PIB do Brasil no terceiro trimestre de 2024 diante de o segundo trimestre de 2024 – ligeiramente supra da mediana do mercado, de 0,8%. Diante de o 3º trimestre de 2023, o PIB subiu 4,0%, supra também da mediana, de 3,9%. O consumo das famílias e o PIB de serviços alcançaram recordes. Os dados podem gabar preocupação do BC com a inflação e substanciar a chance de subida de 0,75 pp da Selic neste mês, mas podem impulsionar apostas em 1,00 pp também.

Lá fora, investidores precificam expectativas de cortes de juros pelo Banco Medial Europeu (BCE) e de 25 pontos-base pelo Federalista Reserve neste mês. O diretor do Fed Christopher Waller reforçou expectativa por relaxamento monetário em dezembro. O presidente da distrital de Novidade York, John Williams, voltou a invocar atenção para o refrigério recente na inflação. Por outro lado, o líder da regional de Atlanta, Raphael Bostic, reiterou que as decisões dependerão da evolução dos dados.

A moeda chinesa, o yuan, caiu aos menores níveis em 1 ano na verificação com o dólar, sob a expectativa de tarifas americanas no governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

A China não pretende desafiar ou substituir os EUA, afirma o ministro das relações exteriores Wang Yi, ressaltando que o desenvolvimento chinês tem uma “lógica história clara” e é uma tendência que “não pode ser interrompida”. “Os EUA não devem tombar no mito de ‘competir para vencer’ a China”, reiterou a mando, segundo transmitido divulgado pelo ministério.

Nos EUA, a agenda traz o relatório Jolts de franqueza de vagas em outubro às 12 horas, e falas de dois dirigentes do Federalista Reserve (Fed): da diretora Adriana Kugler às 14h35; e do dirigente de Chicago, Austan Goolsbee, às 15h30 e 17h45.

Às 9h50, o dólar à vista caía 0,12%, a R$ 6,060. O dólar para janeiro cedia 0,02%, a R$ 6,0770.

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