A ativista ambiental Greta Thunberg criticou em suas contas nas redes sociais o rascunho da proposta da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática de 2024 (COP29), que está acontecendo em Baku, no Azerbaijão. Ela chamou o resultado do fórum internacional até logo apresentado de “completo sinistro” e disse que a falta de compromisso real com a tomada de medidas para frear a crise climática representa uma “sentença de morte para inúmeras pessoas cujas vidas foram ou serão arruinadas”.
“O texto atual está referto de falsas soluções e promessas vazias. O numerário necessário dos países do Setentrião Global para remunerar sua dívida climática ainda não apareceu”, afirmou a ativista. “Aqueles no poder estão piorando a desestabilização e ruína dos nossos ecossistemas suportes da vida. E estamos a caminho de testar o ano mais quente já registrado, com os gases de efeito estufa globais atingindo recorde de subida no ano pretérito.”
Greta também acusou o evento de silenciar a sociedade social. “O país anfitrião – Azerbaijão – é um Estado petroleiro reprimidor e dominador que cometeu limpeza étnica e atos genocidas contra armênios. A sociedade social presente na COP29 está sendo silenciada, mas continua lutando e pressionando os negociadores em direção ao mínimo indispensável”, escreveu.
Porquê mostrou o Estadão, a ativista optou por não comparecer à COP29 em protesto à escolha do país-sede. O Azerbaijão é um dos berços mundiais do petróleo – boa secção das emissões globais de CO2 provêm da queima de combustíveis fósseis – e o regime do presidente Ilham Aliyev, desde 2003 no poder, é denunciado de autoritarismo.
“Está simples que nossos sistemas atuais não estão funcionando a nosso obséquio. Os processos da COP não estão exclusivamente falhando, eles fazem secção de um sistema maior construído sobre injustiça e projetado para sacrificar as gerações atuais e futuras pela oportunidade de alguns continuarem obtendo lucros inimagináveis explorando o planeta e as pessoas”, continua a ativista em sua enunciação.
Além de Greta, outros especialistas têm indicado falta de vontade política para concluir acordos práticos em relação à subtracção de emissões. O novo rascunho para meta de financiamento é menor do que 1/5 do montante defendido uma vez que necessário.
O texto trouxe um novo montante de recursos a serem pagos por países ricos, mas novamente foi recebido com críticas.
O número apresentado pela presidência da COP29 é de US$ 250 bilhões por ano. Esse valor representa menos de um quinto do que era estimado uma vez que necessário e defendido por países em desenvolvimento (US$ 1,3 trilhão).
O Brasil já apresentou, mas, uma contraproposta, de US$ 300 bilhões anuais até 2030, atualizados para US$ 390 bilhões ao ano até 2035. Há previsão de um novo rascunho ou texto final que pode ser divulgado neste sábado, 23.
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