ALÉXIA SOUSA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Social do Rio de Janeiro prendeu uma mulher de 23 anos suspeita de ter tentado forjar o próprio sequestro para extorquir R$ 50 milénio do pai. O caso aconteceu na terça-feira (19).
De entendimento com a Delegacia Antissequestro, a mulher confessou em testemunho ter simulado o sequestro para conseguir quitar dívidas acumuladas com jogos de apostas online.
A Folha de S.Paulo não localizou a resguardo da suspeita.
À polícia, a mulher disse que realizou dois empréstimos com usurário, acumulando uma dívida de murado de R$ 35 milénio. Ela disse que logo saiu de mansão pela manhã e por volta do meio-dia, enviou mensagens para o pai, amigos e familiares, para expor que tinha sido sequestrada, e que o valor do resgate era de R$ 50 milénio.
Segundo os investigadores, na tentativa de forjar o sequestro, ela teria ainda enviado um vídeo para o pai em que aparecia nua em uma espécie de cativeiro.
A mulher relatou que ficou andando de ônibus até as 22h, quando teve a teoria de ir até um hospital no núcleo do Rio, para fingir que tinha sofrido um acidente. Na unidade de saúde, ela pediu o celular emprestado a uma recepcionista e ligou para o seu pai, informando aonde estava.
Depois o pai registrar o caso na delegacia, os policiais foram até o hospital e prenderam a mulher em flagrante.
No mesmo dia, a equipe da Delegacia Antissequestro prendeu um varão que também forjou o próprio sequestro e pediu R$ 2.000 de resgate para o possuidor de uma locadora de motos.
Depois trabalho de monitoramento e interceptação de dados de lucidez, o responsável foi identificado uma vez que o próprio locatário. Segundo os investigadores, ele fingiu que estava sendo feito refém por traficantes do Multíplice do Teutónico, na zona setentrião do Rio.
Os policiais chegaram até o sítio do suposto cativeiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, e o prenderam.
De entendimento com a Polícia Social, os dois suspeitos responderão pelo violação de roubo na modalidade de falso sequestro. Ainda segundo a corporação, as investigações continuam para a identificação e prisão de outros suspeitos.
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