SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cerca de 700 trabalhadores da fábrica da LG em Taubaté (SP) entraram em greve nesta segunda-feira (12). Eles recusaram a proposta de indenização apresentada pela empresa após uma rodada de reuniões com o sindicato dos metalúrgicos na semana passada.
O plano de demissão indenizada apresentado pela LG, segundo os representantes dos trabalhadores, previa pagamentos de R$ 8.000 a R$ 35,8 mil, de acordo com o tempo de casa, PLR (participação nos lucros e resultados) e descontos para faltas sem justificativa.
A proposta também previa a manutenção do plano de saúde aos funcionários até o dia 31 de janeiro de 2022.
Além da paralisação na produção, os trabalhadores deram início a vigílias na porta da fábrica. O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté diz que agora estuda ações e protestos para pressionar a empresa a reabrir as negociações.
Foram quatro as rodadas de conversa na semana passada. Segundo o sindicato, a LG afirmou que a proposta era a melhor que poderia apresentar. A empresa foi procurada, mas ainda não respondeu à reportagem.
A LG Eletronics anunciou no dia 5 de abril a decisão de se retirar do mercado mundial de smartphones. No Brasil, a empresa de origem sul-coreana fabrica celulares na unidade no interior de São Paulo, onde também são produzidos notebooks e monitores.
A previsão da empresa é encerrar definitivamente a fábrica de celulares até o dia 31 de maio. Para a planta de monitores e notebooks, a expectativa, segundo o plano divulgado pelo sindicato aos trabalhadores, é paralisar a produção em Taubaté até 31 de agosto deste ano.
Segundo o sindicato, aderiram à greve os funcionários que estão sob risco de demissão. Devido ao encerramento da linha de celulares, a LG anunciou que a fabricação de notebooks e monitores será transferida para Manaus (AM), onde a empresa produz outros itens, como televisores.
O fechamento da produção de celulares em Taubaté coloca em risco outros 430 empregos diretos em três fábricas na região -duas em Caçapava e uma em São José dos Campos-, que são fornecedoras de componentes para a LG.
Na semana passada, as trabalhadoras das terceirizadas -90% da força de trabalho é formada por mulheres, segundo o sindicato local- já tinham decidido entrar em greve. Elas querem ser incluídas no plano de demissão da LG, para que possam receber as mesas indenizações dos funcionários ATUALIZAÇÕES
Na sexta (9), a LG anunciou que todos os smartphones premium em uso receberão até três atualizações do sistema operacional Android a partir do ano da compra.
A garantia valerá aos telefones LG premium lançados em 2019 e posteriores (série G, série V, Velvet, Wing), enquanto alguns modelos de 2020, como LG Stylo e série K, receberão duas atualizações de sistema operacional, de acordo com a companhia.
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