Promotoria da França pede cinco anos de prisão e de inelegibilidade contra Le Pen

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A Promotoria francesa pediu nesta quarta-feira (13) cinco anos de prisão e cinco de inelegibilidade para a ultradireitista e ex-candidata à presidente, Marine Le Pen.

 

A líder do Reunião Pátrio (RN), o próprio partido e outras 24 pessoas são acusados de desviar recursos do Parlamento Europeu para remunerar funcionários na França que trabalhavam para a legenda -que na quadra se chamava Frente Pátrio.

O julgamento, quase uma dezena depois o início das investigações, ameaço minar os esforços da RN para melhorar sua imagem diante da população antes das eleições presidenciais de 2027.

O partido reagiu à ação da Promotoria ao publicar uma petição no X em que denuncia “uma tentativa de expelir a voz da verdadeira oposição” e de “ignorar o processo democrático”.

O Ministério Público solicitou a realização provisória da pena, ou seja, a sua emprego desde o momento da pena, mesmo que Le Pen recorra.
“Constato que a criminação está sendo extremamente ultrajante em suas exigências, particularmente com o pedido de realização provisória, que quer impor a todos os processados”, disse Le Pen aos repórteres ao trespassar do tribunal.

Se o tribunal a considerar culpada das acusações com a realização provisória, Le Pen não poderá concorrer em eleições, mesmo que recorra da sentença. A Promotoria também pediu multa de € 300 milénio (R$ 1,8 milhão) contra a ultradireitista.

“Não estou surpreso com o pedido de realização provisória da criminação. Há uma consistência nas exigências da criminação”, disse Patrick Maisonneuve, jurisconsulto do Parlamento Europeu.

Além da extrema-direita, o pedido da Promotoria também foi criticado pelo ex-ministro do Interno do presidente Emmanuel Macron, Gérald Darmanin, que considerou que o tribunal não pode improbar Le Pen “eleitoralmente”.