A resguardo de Bruno Henrique se manifestou publicamente pela primeira vez desde que a operação Spot-fixing cumpriu mandados de procura e consumição em endereços relacionados ao jogador, incluindo o Ninho do Urubu, CT do Flamengo. Ele é suspeito de ter levado um cartão propositadamente em uma partida do clube rubro-negro contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023. A representação do atacante pede o arquivamento da investigação e a reembolso imediata dos bens apreendidos.
O argumento da resguardo é de que Polícia Federalista e Ministério Público, que investigam o desportista, não verificaram o método de estudo da Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na {sigla} em inglês) baseada em informações repassadas por três casas de apostas. As bets informaram a associação ao notarem movimentações suspeitas, porquê muitas apostas altas em cartão para Bruno Henrique, um pouco que não era geral.
Foi protocolado um pedido de estudo, na Justiça, dessas informações. Segundo a resguardo, a equipe de investigação não registrou, nos autos, porquê foram produzidos e extraídos os dados para fundar o trabalho policial.
“Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o desportista possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada”, diz o transmitido, que defende que Bruno Henrique tem “caráter íntegro e uma curso vitoriosa moldada por moral e correção”.
ARQUIVAMENTO NO STJD NÃO INTERFERE NO CASO ATUAL
Em agosto deste ano, nove meses depois do jogo entre Santos e Flamengo, a Diretoria de Moral e Conformidade da Conmebol encaminhou um transmitido à Unidade de Integridade da CBF. O lance do cartão de Bruno Henrique era descrito porquê “comportamento atípico”.
A Procuradoria de Justiça Desportiva oficiou a Sportradar, parceira da Fifa para monitoramento. A empresa, mas, não identificou irregularidades no momento da partida. Por outro lado, a Polícia Federalista informou que obteve informações sobre manipulação no chamado “mercado de cartões” conforme relatórios da Ibia e da própria Sportradar. O Estadão entrou em contato com a Sportradar sobre o caso, mas não obteve resposta.
Na estudo desportiva, a Procuradoria entendeu o cartão porquê “patível com os parâmetros usuais” e arquivou o processo, o que é citado novamente pela resguardo de Bruno Henrique.
“O alerta não apontou nenhum sinal de proveito econômico do desportista, uma vez que os eventuais lucros das apostas reportados no alerta seriam ínfimos, quando comparados ao salário mensal do jogador”, diz um trecho da nota da Procuradoria.
O STJD aponta, porém, que o arquivamento se deu no contexto esportivo e que isso não prejudica um eventual processo disciplinar caso as autoridades concluam que houve irregularidade.
Em seguida o título da Despensa do Brasil, no último domingo, Bruno Henrique comentou sobre o caso. “Recebi de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi. Mas eu acredito na justiça lá de cima”, disse o atacante. “Deus é um rosto que sempre esteve comigo. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol nunca foi fácil. Mas Deus sempre foi comigo. Eu estou tranquilo com relação a isso. Com meus advogados, meu empresário, as pessoas que estão nessa guerra comigo. Eu só peço que a justiça seja feita”, falou ao SporTV.
O jogador manteve as atividades no Flamengo. O clube disse que não teve aproximação aos autos do sindicância, uma vez que o caso corre em sigilo de justiça, mas que apoiará as autoridades e dará totalidade suporte. “(Bruno Henrique) desfruta da nossa crédito e, porquê qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”, diz um trecho da nota da equipe.
A operação Spot-fixing apura provável manipulação justamente do chamado “mercado de cartões”. O nome é relacionado à prática de atividade ilícito em uma partida, mas que não se relaciona com o resultado. Ao todo, foram 12 mandados no Rio, Belo Horizonte, Vespiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
A investigação começou a partir de notícia feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De consonância com relatórios Ibia e Sportradar, que fazem estudo de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasílio.
COMO AS CASAS DE APOSTAS APONTARAM SUSPEITA PARA A IBIA?
A Betano é um dos sites em que as apostas foram feitas e se pronunciou sobre o caso. Segundo a empresa, são adotados protocolos de monitoramento por meio de uma tecnologia treinada para supervisionar atividades na plataforma. Quando há um pouco suspeito, o caso é reportado para autoridades competentes.
“Incidentes dessa natureza ressaltam a relevância sátira da regulamentação dentro da indústria, destacando a premência de uma estrutura pátrio para permitir investigação e solução rápidas. A Betano continua comprometida em manter a integridade esportiva e está pronta para facilitar as autoridades quando necessário”, completou a empresa.