GABRIEL VAQUER
ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Em seu camarim na sede da Orbe, em São Paulo, Patrícia Poeta tem orgulho de mostrar os presentes que ganhou de pessoas que participam da plateia de sua atração na Orbe. É uma prateleira enxurrada de desenhos, canecas, cartas, cartazes.
“Todos os dias recebo isso. Canecas, quadros, desenhos. Fico emocionada todos os dias”, Por estar diariamente no Encontro, Patricia diz que muita gente se sente íntima dela. E a intenção da apresentadora de 48 anos é essa mesmo.
“Convénio às quatro da manhã, faço reuniões antes e depois do programa. Hoje, eu vivo para o meu trabalho, corro muito detrás de fazer um bom trabalho”, afirma a apresentadora em entrevista para a pilar.
De traje, o Encontro tem conseguido bons resultados. Em 2024, são 7 pontos de audiência na Grande São Paulo e no PNT (Tela Pátrio de Televisão).
Neste ano, Patrícia e o programa estão saindo mais do estúdio. Uma dessas filmagens, foi por um motivo difícil e quebradiço: as enchentes do Rio Grande do Sul, estado natal da jornalista.
“Nós fizemos aquele programa na rosto e na raça. Eu só tinha um retorno e muitas vezes caía, não ouvia o que me falavam”, conta. Patricia também relembra quando encontrou uma parente. Sua mudança de sotaque foi evidente.
“Quando estou com meus familiares, viro gaúcha. Por isso minha voz mudou na hora. Com minha mãe, é muito assim. Ela assiste a mim e à minha mana todos os dias, comenta, liga, avalia”, revela, em referência a Paloma Poeta, sua mana que é repórter e apresentadora da Record. “Digo que é minha mana da concorrência (risos)”, brinca.
Etarismo
Mesmo realizada no trabalho, Patrícia, 48, diz que ainda sofre alguns preconceitos. Na sua visão, houve melhora, mas ainda há muito pé detrás com mulheres mais experientes que estão na televisão, uma vez que é o seu caso. Melhorou um pouco, ela avalia, mas ainda não chegou ao que considera o ideal.
“Sinceramente, tenho sentido mais ratificação. Há claramente uma conscientização maior do papel da mulher madura na televisão e na sociedade. Mas ainda falta muita coisa para a gente evoluir e chegar onde tem que ser. Eu vejo cada vez mais mulheres com a minha idade com espaço, e isso é ótimo, mas ainda sinto que muita gente olha torto”, comenta.
Uma prova disto é que Patrícia entende que muita gente ainda questiona seu papel no Encontro. “Eu sou que nem a GloboNews, esse programa é assim. A gente nunca desliga. A teoria da gente com a mudança em 2022 era ter mais notícia e mesclar isso com entretenimento. Os resultados estão ótimos. Acho que tem muita gente que me subestima. Mas minha equipe dá muito duro”.
Mesmo com muitos haters na internet, Patrícia diz que não lê o que falam dela. “Eu não vejo o que falam de mim. Eu uso a internet para postar alguma coisa, ver alguma notícia. Mas não vejo porque não tenho tempo mesmo. Minha rotina é muito puxada”.
Samba e paixão
Nas últimas semanas, Patrícia tem feito aulas de samba para chegar com tudo na Sapucaí. Pela primeira vez, ela vai desfilar uma vez que musa de destaque da Grande Rio. Um pouco que, confessa, sempre quis, pela sua relação com os desfiles de escola de samba da capital fluminense.
“Minha mãe colocava samba para ouvir todos os dias. Hoje em dia, logo que eu chego em morada, peço para um sambinha tocar em morada. A escola é lícito, me recebeu muito muito, e tem me ajudado muito”, comenta.
Mas e a vida sentimental? Bom, essa ainda não tem novidades. Patrícia, por enquanto, curte uma solterice de forma consciente. “Um paixão ainda não apareceu. Mas vai vier na hora certa”, conclui.